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Autor:
Ricardo De Marchi
Qualificação:
Presidente da ABQV - Associação Brasileira de Qualidade de Vida
Data:
07/01/00
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Qualidade de vida é uma prioridade na área de RH

Competividade e produtividade são as palavras de ordem nas empresas que buscam a excelência. Produzir com alta qualidade e baixo custo, é o objetivo. Para alcançá-lo, é necessário investir em capacitação tecnológica e gerencial, e introduzir um novo e eficiente modelo operacional. Por onde começar? Esta é a grande questão. Não adianta investir em novas máquinas, ambiente, marketing etc, se as pessoas não estiverem devidamente preparadas para utilizar este novo modelo.
A Qualidade só se alcança com pessoas aptas, sadias, equilibradas, criativas, íntegras e motivadas. Qualidade total e qualidade de vida são indissociáveis. O caminho para o sucesso empresarial deve, cada vez mais, ser centralizado no homem.
O papel da empresa, neste novo cenário, deve ser o de fornecer liderança e treinamento no gerenciamento da saúde de seus empregados, preservando a sua saúde física e mental e contribuindo, com isso, para a competividade, eficácia e produtividade da companhia. O caminho passa pela educação e conscientização dos indivíduos, da capacidade de gerenciamento de seuestilo de vida, evitando agressões ao seu estado físico e psíquico.
O indivíduo consciente de como agir em relação a sua saúde, com estilo de vida saúdavel, certamente produzirá mais, usará menos o sistema de saúde assistencial faltará menos e se integrará melhor dentro da estrutura de trabalho ficando mais motivado no seu dia a dia. Os investimentos são relativamente pequenos. Estatísticas mostram que para cada dólar investido em Promoção de Saúde, existe um retorno de 2 a 5 dólares.
No Brasil, este conceito começa a ser discutido com maior frequência e já se pode ter uma idéia das tendências nesta década. Estamos iniciando o processo de conscientização e valorização do indivíduo e de sua saúde. As empresas estão procurando se adaptar ao novo modelo, valorizando mais o ser humano, possibilitando autonomia de decisões, descentralizando, capacitando melhor seu corpo gerencial, instituindo flexibilidade de funções e apoiando o trabalho sinérgico em equipe.
Diferentes tipos de programas têm aparecido no mercado, desde a avaliação do perfil da empresa e posterior desenho de um projeto específico, até seminários sobre estilo de vida, programas de condicionamento físico, campanhas de saúde, políticas de fumo, educação nutricional, stress, avaliações individuais com acompanhamento educacional a todos com a mesma meta: melhorar a qualidade de vida do indivíduo.
Os recursos dirigidos a estas ações ainda são relativamente pequenos pois as iniciativas e resultados são recentes: mas existem dados significativos em países que iniciaram o processo há alguns anos, mostrando impactos econômicos de grandes repercussões.
Hoje sabemos que fumantes, obesos, estressados e sedentários custam e faltam mais, produzem menos e têm tempo maior de internação quando doentes. Todas estas características e comportamento serão, cada vez mais, combatidos dentro da empresa que desejar chegar na próxima década com alta produtividade e competitividade.


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