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Autor:
Andréa Nista Richter
Qualificação:
Coordenadora do Clube de Compras & Negócios do Sincomavi.
E-mail:
[email protected]
Data:
15/07/03
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Valeu a Pena

Os comerciantes que se deslocaram até o Expo Center Norte para participar da 19ª Convenção Paulista de Supermercados (Apas’2003) e do 1º Encontro Nacional de Centrais de Negócios (Enacem), entre os dias 27 e 29 de maio, não têm do que reclamar. A organização esteve quase perfeita, exceção feita a alguns tropeços no primeiro dia. Já a área de exposições foi um verdadeiro show com as principais marcas do segmento expondo suas novidades em produtos e serviços. No entanto, o ponto alto do evento, principalmente para as pessoas envolvidas no associativismo e cooperativismo, foram os debates do Enacem, que contaram com representantes de boa parte dos segmentos do varejo, como: João Francisco de Pinedo Kasper, da Central Grande Vitória; Antônio Fappi e Antônio Fregonese, Rede Construir; Paulo Henrique Dini, Rede Valor; Nilmar Paul, Rede Brasil Escolar; entre outros.

Deve-se ressaltar ainda a participação de consultores do exterior - Josep Maria Galí e Pablo Gonzáles -, que demonstram com dados o sucesso das centrais de negócios nos mercados do Primeiro Mundo. Tal fato também ficou comprovado na palestra "A realidade brasileira das Centrais de Negócios: unindo independência para geração de melhores resultados", ministrada pelo diretor da Gouvêa de Souza & MD, Marcos Gouvêa de Souza. Apesar de prejudicada pela correria do primeiro dia do congresso, a apresentação teve papel importante ao mostrar as experiências das centrais na Europa e fazer uma radiografia da situação atual das iniciativas brasileiras. Hoje, as centrais de negócios respondem por 26% do mercado total da Espanha e 20% na França ou faturamento de idéia, o País contava em 1990 com cinco centrais de negócios. Este ano, este número chegou a 119. O valor de faturamento projetado para 2003, segundo dados da Gouvêa de Souza & MD, é de R$ 5,44 bilhões, algo nada desprezível. Essa evolução demonstra o crescimento na conscientização dos comerciantes de micro e pequeno porte. Os empresários estão descobrindo as vantagens oferecidas por esses tipos de iniciativa.

Hoje, os associados às centrais de compra possuem melhores condições para aperfeiçoar o trabalho de todas as áreas da loja: exposição, organização, gerenciamento, vendas, estoques, etc. Mas, sem dúvida, o que recebe maior destaque é o aumento de barganha junto aos fornecedores. As centrais de compra do Brasil podem, em muitos casos, ainda estar engatinhando. No entanto, já ficou comprovado que este é o caminho mais indicado para o comerciante que deseja mais do que tudo sobreviver no mercado.

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