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Autor:
Eugênio Vilela Júnior
Qualificação:
Administrador, Pós-graduado em Gestão Estratégica de Recursos Humanos, UFMG. Mestrando em Administração - CNEC/FACECA, Varginha-MG.
Diretor da Faculdade de Ciências Gerenciais de Formiga-MG.
E-Mail
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Data:
18/04/01
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Preparando um Novo Colaborador

O momento da entrada de um novo colaborador em uma organização é importante para ambas as partes: para a organização, que pode estar adquirindo um talento que poderá ajudá-la a tornar-se mais competitiva no mercado e para o novo colaborador, que terá novas oportunidades de crescimento profissional mantendo, assim, o seu nível de empregabilidade.

No entanto, há nesse momento de ingresso uma dicotomia de expectativas: de um lado a organização esperando que o novo colaborador adote uma postura condizente com a sua realidade e suas necessidades, fazendo jus à contrapartida salarial contratual, e de outro, o colaborador com seus projetos pessoais, suas idiossincrasias e sua história de vida. Desta forma, esse colaborador chega com uma realidade diferente daquela vivida pelos demais colaboradores.

É necessária, então, uma coalizão de fatores para que o novo colaborador possa falar o mesmo idioma da organização. É nesse momento que emerge a importância dos Programas de Socialização Organizacional. Notadamente, o Programa de Integração tem uma parcela considerável de responsabilidade nesse processo. É a hora do primeiro contato entre as partes. É o início da inclusão de um novo membro no ambiente organizacional. É a hora de iniciar o procedimento de moldura do novo colaborador, ou seja, torná-lo apto a conviver com o novo grupo social.

Finalizado o programa inicial de integração (que tem metodologia e duração próprias de cada organização) e conhecida formalmente a organização, é hora de o novo colaborador passar, efetivamente, a integrar o novo grupo. A partir daí, grande parte de seu convívio será com a organização informal, ou seja, aquela não revelada no Programa de Integração, aquela que não consta dos manuais e que se revela nos corredores, no refeitório, na sala de jogos, no chopp das sextas..., e que tem uma força fantástica.

Sendo assim, deve o novo colaborador assumir a responsabilidade por seu autogerenciamento, balizando as suas atitudes de forma a permanecer integrado tanto à organização formal quanto à organização informal. Deve, também, o novo colaborador conscientizar-se de que sua continuidade nessa nova realidade está condicionada à sua aceitação por parte dos demais colaboradores da organização.


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