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Custo é uma questão de qualidade Ter qualidade não é apenas encantar o cliente, nem tampouco possuir certificação ISO. É preciso encantar sempre mais ao cliente a um custo cada vez mais baixo e sempre em menor prazo, que aqueles fornecedores que não o fizerem não terão a menor chance de sobrevivência. Um dos principais ingredientes para uma gestão profícua da qualidade é a identificação, quantificação e eliminação dos desperdícios através da melhoria contínua dos processos. A maioria das nossas empresas não faz idéia do volume de desperdício existente em seus processos. Os executivos ficam estupefatos quando, em um trabalho dirigido, identificamos e quantificamos quanto de recursos são desperdiçados. Os desperdícios acontecem em todo tipo e porte de empresa, em todos os processos de trabalho e em todos os níveis. Ele é resultante do trabalho dos diretores, gerentes, funcionários, fornecedores, clientes e governos. As pessoas envolvidas com os processos acostumam-se aos desperdícios, não conseguem enxergá-los. Os desperdícios manifestam-se sob diferentes formas: de capital, de material, de tempo, de vendas perdidas e de oportunidades. O primeiro passo para a gestão eficaz da qualidade consiste na eliminação dos desperdícios. Ora, como eliminá-los se não os conhecemos? Não os enxergamos? Uma medida bastante ágil e eficiente para a identificação e mensuração dos desperdícios é a estruturação da área de Controladoria da empresa, cuja missão principal deve ser definida como a área da empresa responsável pelo filtro dos atos e fatos incorridos, analisando-os e comparando-os com os padrões projetados, e gerando informações claras e precisas aos administradores quanto ao desempenho da organização, salientando as diferenças observadas entre o projetado e o realizado. Essas informações estarão quantificando os desperdícios, isto é a diferença entre a forma que as coisas estão sendo feitas e a forma que poderiam ou deveriam ser feitas, caso tudo estivesse perfeito. Apesar do desconforto que o conhecimento dos desperdícios provoca, entendemos ser sua identificação fundamental, uma vez que ele é o obstáculo que impede o sucesso das empresas, através do atingimento de seus objetivos de crescimento. Após identificar esses obstáculos, fica claro para a empresa quais são os processos e as áreas que necessitam mais atenção e suas prioridades tendem a ficar melhor definidas. O acompanhamento do mercado, rentabilidade por linha de produto e segmento de mercado, análise da concorrência, das sistemáticas e procedimentos internos, são abordagens que concorrem muito positivamente para a eliminação dos desperdícios, pois nortearão a implementação dos projetos de melhorias que contribuirão para uma mudança de atitude no âmbito da empresa, onde a intolerância ao desperdício passa a ser um objetivo de todos. Como a gestão da qualidade é um processo contínuo e permanente, após trabalhados os pontos prioritários, continua-se o processo, indefinidamente, descendo até as micro-atividades. E é exatamente essa atividade permanente de eliminação de desperdícios e de busca da qualidade total através de melhoria contínua que será a grande responsável pela sobrevivência e crescimento das empresas. Precisamos despertar nossa consciência e mudar nossas atitudes para que a eliminação de desperdícios seja uma busca incessante, que torne-se parte do nosso modo de pensar e agir. Esse é o novo paradigma de gestão que se apresenta. |
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