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Autor:
Dr. Leonard Verea
Qualificação:
Médico psiquiatra especializado em Medicina Psicossomática e Hipnose Clínica.
E-mail:
[email protected]
Data:
23/05/03
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A Auto-Estima Como Reflexo de Si Mesmo

Como combater os fracassos? Por que os outros nos vêem de forma diferente de como nós próprios nos vemos? Por que para os outros tudo parece ser tão fácil? Por que não consigo ser feliz? Por que mais de 50% dos brasileiros sofre de baixa auto-estima?

Cada pessoa pensa sente, fala e se movimenta da maneira que lhe é própria e que corresponde à imagem que faz de si mesma. Essa auto-imagem sempre tem aspectos físicos, sociais ou intelectuais. Nem sempre, porém, ela reflete essa dimensão múltipla. Com freqüência, misturam-se todas as sensações num pacote único, perdendo-se a amplitude da personalidade, o que acaba por traduzir uma auto-estima baixa.

A auto-estima é um dos fatores que influenciam diretamente todas as atitudes que a pessoa pratica, na forma como vê o mundo, na sua auto-avaliação, na imagem que passa aos outros. Ela se processa de acordo com as convicções que são passadas à criança, desde sua vida intra-uterina até as outras fases do desenvolvimento humano. Na infância simplesmente absorve convicções, certas ou erradas, que carrega para o resto da vida e que vão contribuir para a construção da auto-estima.

Ela não está, necessariamente, ligada à posição sócio-econômica, à beleza física ou a status. Porém, o somatório desses e outros valores interfere diretamente no seu grau. Uma pessoa cuja auto-estima é baixa está fadada ao insucesso, a carências e à insatisfação pessoal. Se, mesmo em nível inconsciente, não ama a si própria, como pode esperar que outras pessoas a amem? Todos os desajustes e conflitos psicossociais, preconceitos religiosos, raciais, conceitos distorcidos de velhice, de doença, de sexo, sentimentos de culpa, de pecado que lhe foram passados na infância, provavelmente a seguirão pelo resto da vida e influirão diretamente na sua auto-estima.

Quando a auto-estima é baixa, o crescimento fica estagnado, a coragem diante da vida diminui, desistimos de arriscar coisas novas e até de sonhar. Por isso, diz-se que a auto-estima é um valor de sobrevivência. Vamos mudar isso? Você é aquilo que acredita, portanto, saber se dar valor abre um mundo novo de relacionamentos com pessoas semelhantes, mais respeitosas, confiantes e hábeis, pois nos tornamos mais abertos e mais claros. Evite também aquelas com baixa auto-estima que rodeiam sua vida e a intoxicam em vez de alimentar.

Para que importantes mudanças aconteçam em sua vida, você deve seguir sete princípios básicos:

Agora, somente agora - não quero viver no passado ou projetado no futuro: o que conta é o presente, viver o momento.

Gostando mais de mim - visto a roupa que mais gosto. Faço isso por mim mesma e para me gostar mais, desde o começo do dia.

Contradição? Que prazer! - normalmente me comporto assim, mas hoje farei o contrário. Desta forma acerto as contas com todas as partes que vivem em mim.

Sentimentos de culpa? Adeus! - o que foi feito está feito. Agora é melhor fechar os olhos e curtir ao máximo a minha transgressão.

Prazeres e dores: uso e jogo fora - não fujo das emoções, as curto ao máximo. Depois, continuo vivendo.

As palavras e os gestos para me estimar - olhos nos olhos, nunca perguntar "por que?", nem "como sou azarado".

Nunca tem um jeito só - observei as coisas por pontos de vista diferentes: assim consegui sair do óbvio.

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