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Autor:
Gilberto Bomeny
Qualificação:
Presidente do World Trade Center (WTC) Brasil.
E-mail:
[email protected]
Data:
25/09/03
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Uma Resposta de Paz à Juventude Mundial

Dois anos depois do fatídico 11 de setembro de 2001, os atentados terroristas nos Estados Unidos continuam sendo lembrados com imensa tristeza, não só pelos norte-americanos, como por todos os seres humanos de boa vontade, defensores da paz, harmonia e solidariedade. Para o World Trade Center, instituição internacional presente em mais de 100 países e dedicada à promoção do intercâmbio econômico, a memória da tragédia que atingiu suas torres gêmeas em Nova Iorque é ainda mais amarga.

O World Trade Center ratifica e tem difundido mundialmente a tese de que a paz é o maior benefício da humanidade e que o comércio internacional é um dos principais meios para edificá-la. Marcando a cada ano esta mensagem, realiza-se, sempre em 11 de junho, o Dia WTC da Paz. Em 2003, dentre outras iniciativas, promovemos concurso mundial de redação, tendo a paz como tema. Aqui no Brasil, onde realizamos também um culto ecumênico e o tradicional abraço ao complexo do WTC, na Marginal do Pinheiros (Avenida das Nações Unidas), a participação dos estudantes foi grande e marcante, assim como em todos os países. A vencedora mundial do concurso de redação foi a estudante búlgara Madlen Nersessian, de 17 anos, que escreveu texto intitulado "A Paz pelo Comércio", que vale a pena ser lido por todos:

"Durante o decorrer do tempo, o comércio sempre representou um aspecto importante do desenvolvimento da paz mundial. Até depois da Segunda Guerra Mundial, as nações da Europa se juntaram para criar uma inusitada instituição econômica e política - a Comunidade Européia - cuja meta era de instalar uma integração econômica que inviabilizasse para sempre o conceito da guerra. Embora o impacto econômico do comércio seja bastante óbvio, ele representa também as fundações das instituições que definem nossa democracia. A raiz do comércio é a liberdade humana - liberdade de interagir, inovar e trocar bens e serviços sem nenhuma interferência estatal.

O comércio fornece aos trabalhadores possibilidades ilimitadas de dividir o produto dos seus esforços com o mundo afora. O comércio contribui para a expansão de empresas, cria mais empregos e inova, propiciando uma segurança econômica maior, estabilidade e oportunidades. Embora sem dúvida o comércio confira as condições imprescindíveis para a paz, ele também cria e reforça as suas próprias instituições e estrutura de suporte. Dificilmente as nações que reconhecem sua interdependência chegariam a tentar resolver suas diferências por vias de guerra. É muito mais provável que tais nações resolvam seus conflitos por meio de negociação e conciliação. Isto também aplica-se ao comércio internacional.

O reconhecimento que cada nação é um membro individual de uma comunidade global, aumenta as oportunidades e recompensas do intercâmbio e interação pacíficos. O comércio não deve ser caracterizado somente como a troca de importações e exportações. Ele se identifica com intercâmbio de idéias, a procura de felicidade e prosperidade, e o incentivo de inovação e inventividade. O comércio representa a liberdade de escolher, de se associar, de explorar e de crescer".

A mensagem demonstra a consciência e preocupação dos jovens com o futuro imediato e as conseqüências das atitudes insensatas dos que incitam e cultivam o terrorismo, as guerras, a violência e a intolerância entre os povos. Governantes, empresários, trabalhadores, lideranças políticas e de milícias e todos os condutores da sociedade mundial contemporânea devem uma resposta às crianças e aos jovens. Afinal, estamos construindo um futuro que não é nosso; é deles! Que futuro é este?

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