.
Autor:
Claudete Cotrim
Qualificação:
Jornalista e Diretora da Surpresse-C Assessoria de Comunicação
E-Mail
[email protected]
Data:
26/02/03
As opiniões expressas em matérias assinadas não refletem, necessariamente, a posição do Empresário Online. Proibida a reprodução sem a autorização expressa do autor.

Regulamentação Profissional: Uma Necessidade Social

Novo Ano, novas perspectivas. A maior preocupação do Presidente Lula, do Brasil e do brasileiro é a geração de empregos. Num mercado de trabalho saturado, ter empregabilidade é a melhor das alternativas. Novas profissões surgem, formando um contingente de profissionais bem remunerados. Instrutor de Swásthya Yôga é uma delas e em plena ascensão. Hoje no Brasil (e no mundo) é uma excelente opção para quem busca qualidade de vida, disposição e estabilidade financeira. Portanto, em tempos de vestibular, é importantíssimo que o jovem repense que carreira quer abraçar, que mercado o espera e que profissão pode lhe assegurar um futuro tranqüilo em termos financeiros.

Os resultados financeiros obtidos com a profissão de Instrutor de Swásthya Yôga mostram-se bastante satisfatórios. Poucas profissões hoje oferecem uma remuneração tão atraente. O número de alunos cresce de maneira rápida e consistente, pois não se trata de modismo, mas sim de uma tradição cultural. São 15 milhões de norte americanos praticando o Yôga e estima-se que no Brasil, o número chegue a 5 milhões de yôgins.

Os alunos que se interessam pela prática do Swásthya Yôga aprendem a valorizar a saúde, a higiene e as boas maneiras de forma que, não fumam, não ingerem bebidas alcoólicas e não usam drogas. O Swásthya Yôga foi introduzido no Brasil pelo Mestre DeRose, maior autoridade do país em Yôga e uma das mais conceituadas do mundo. O Swásthya Yôga, com mais de 5.000 anos, não é uma aula, é um sistema, uma expressão espontânea de uma filosofia prática de vida saudável, que visa o autoconhecimento, através de técnicas que ensinam a administrar melhor o patrimônio saúde, o incremento de energia e vitalidade, a expectativa de vida, conduzindo a uma melhor qualidade e produtividade no trabalho, nos estudos e nos esportes. Os praticantes do Swásthya Yôga são em sua maioria jovens entre 18 e 38 anos, pertencentes às classes sociais A e B e, na maioria do sexo masculino - 70%.

Existem 108 tipos de Yôga e o Swásthya Yôga é a sistematização do mais antigo. A prática do Yôga (em mais de 95% das atividades) não provoca o gasto de energia, mas sim um acúmulo. Para tanto, a atividade do profissional de Yôga consiste em ministrar práticas compreendendo técnicas corporais, bioenergéticas, emocionais e mentais. Estas técnicas são aplicadas através de exercícios orgânicos, respiratórios, descontração, limpeza de órgãos internos, vocalizações, concentração, meditação e mentalização. Mesmo as técnicas corporais do Yôga não são exercícios físicos. O Yôga é uma filosofia de vida e não tem nenhuma semelhança com ginástica, nem com Educação Física, com as quais não deve ser confundido. Suas origens são diferentes, os cânones são discrepantes, as técnicas são divergentes em muitos aspectos, suas regras e princípios são totalmente adversos e as metas não têm qualquer conformidade entre si. Ao contrário do estereótipo criado de que o Yôga seja sinônimo de relaxamento, lembramos que o Yôga é sempre associado à força, poder e energia, conceitos esses quase opostos ao relaxamento, tranqüilidade e calma. O que é indispensável sim, é a meditação, parte integrante de todas as práticas regulares.

Diante de tantas perspectivas boas para esse mercado de trabalho crescente, é imprescindível a regulamentação da profissão de Instrutor de Yôga, cujo projeto de lei está tramitando no Senado Federal para votação. "A matéria versa sobre o exercício das atividades profissionais de Yôga e cria os Conselhos Federal e Regionais, que normatizarão a profissão. O assunto tem gerado ampla movimentação em toda a comunidade profissional desde 2001, quando de sua apresentação na Câmara Federal pelo deputado Aldo Rebelo (PC do B/SP). Com o apoio das Federações de Yôga da Argentina e de Portugal, o mesmo foi aprovado por unanimidade em duas Comissões da Câmara. Embora a regulamentação seja de interesse da maioria da classe profissional, há pequenos focos de resistência de professores não formados que contra-argumentam que a lei, uma vez aprovada, iria beneficiar uma ou outra corrente de Yôga, o que não é verdade, pois o texto do projeto é claro e define já em seu artigo 1º que "os dispositivos desta lei aplicam-se aos profissionais de Yôga, Yoga ou ioga, independentemente da grafia adotada, sem discriminações." O principal defensor da regulamentação é o Mestre DeRose, autor do primeiro projeto de lei, em 1978, tratando do tema. A matéria acolhe os anseios de milhares de profissionais de todo o País, socialmente organizados em mais de 100 entidades de classe", explica Joris Marengo é Presidente da Federação de Yôga do Estado de Santa Catarina.

Lutando pela melhoria da qualidade de vida e por uma remuneração mais correta, o jovem Instrutor de Yôga brasileiro ergue sua bandeira em prol da excelência profissional na qual está investindo dinheiro, tempo e si próprio.

.

© 1996/2002 - Hífen Comunicação Ltda.
Todos os Direitos Reservados.