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Corrida Sem Linha de Chegada A divulgação do ranking das economias mais competitivas, pelo Fórum Econômico Mundial, revela que o Brasil perdeu posições em 2002, ocupando agora, a de número quarenta e seis, entre os 80 países selecionados. Estados Unidos, Finlândia, Taiwan, Cingapura e Suécia ocupam, respectivamente, os cinco primeiros lugares. Na escalada do desenvolvimento sustentado encontra-se como desafios a macroeconomia, as instituições públicas e a tecnologia, os quais representam a cabeça, o corpo e os membros da competitividade. Concluí-se que o Brasil mesmo sendo o quinto país em população e em extensão territorial e o décimo primeiro PIB do planeta tem apenas 0,83% de participação na exportação mundial, indicador que revela a necessidade de maior "massa muscular" para acelerar o seu desenvolvimento, nessa corrida sem linha de chegada. A globalização, que mais parece um jogo de xadrez, onde a movimentação de uma única peça mexe com a partida toda, tornou as nações vulneráveis aos acontecimentos políticos, financeiros, sociais e econômicos, de âmbito internacional. A parceria estratégica entre a classe política, empresarial e trabalhadora é um componente necessário, que não desobriga as organizações de fazerem o seu dever de casa. Na nova arquitetura dos negócios o aumento da produtividade - fazer cada mais com cada vez menos, menos tudo - ganha espaço no combate ao retrabalho, ao desperdício de toda ordem e ao obsoletismo de modelos de gestão. A inserção dos fundamentos da logística nos serviços públicos contribuiria para eliminar o excesso de burocracia e, consequentemente, reduzir o Custo Brasil. A conjuntura sinaliza que para atingir alta performance é estratégico concentrar-se na melhoria contínua do processo, ou seja, inovar cada detalhe das etapas da folha do processo de fabricação de produtos e de prestação de serviços. O monitoramento eficaz deste procedimento permite diagnosticar se o "diabete administrativo" não está, silenciosamente, colocando em risco a longevidade das empresas. Só qualidade - adequação ao uso com satisfação dos clientes - não assegura a sobrevivência saudável das empresas, como podemos constatar através de uma simples pesquisa no ranking das melhores e maiores empresas de décadas atrás. Algumas não constam mais na lista telefônica, outras estão debilitadas e, ainda existem aquelas que respiram com ajuda de "aparelhos". Se externamente as parcerias estratégicas se constituem numa iniciativa inteligente para saltar a frente dos concorrentes, é indispensável sedimentar a cultura de clientes/fornecedores internos. Nenhuma empresa será competitiva externamente, se não o for internamente.Uma das causas da baixa efetividade de parte das organizações encontra-se na interface dos seus diversos setores, como numa corrida de revezamento com bastão, onde os seus participantes falham na entrega ou no recebimento. Curioso é que as empresas têm mais dificuldade de lidar com a pedagogia do que com a tecnologia. Exemplos como o vôo, em "V", de um bando de gansos e o pit-stop da Fórmula Um podem servir de espelhos para reflexão e aprendizagem coletiva sobre os efeitos da produtividade. Como a competitividade exige adequação constante de custos, é pedagógico observar que as unhas crescem, teimosamente, exigindo cortes regulares. Na limiar do governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro operário a galgar o mais alto cargo público na história do Brasil, vale a pena alertar que espiritualidade rima com competitividade, e que a priorização dos Valores Humanos, por parte dos Executivos da iniciativa privada e dos Órgãos Públicos, resultará no igualitário desenvolvimento econômico/social capaz de assegurar condições mínimas e dignas à todas as cidadãs e cidadãos brasileiros. |
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