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Autor:
Alexandre Mendes de Freitas
Qualificação:
Consultor de Empresas SEBRAE/SP
E-Mail
[email protected]
Data:
31/08/02
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Liberdade ou Servidão

Os países desenvolvidos, mentores estratégicos e implementadores da globalização são os únicos que agregam valor e benefícios com a globalização. Países em desenvolvimento como Brasil sofrem as conseqüências negativas na mesma proporção em função da política de juros altos, dos encargos sociais elevados e da pesada carga tributária que encarecem o produto fabricado internamente.

As multinacionais que atuam no Brasil dispõem de mão de obra treinada e atuam em economias, cuja carga tributária e equivalente aos benefícios recebidos pelo Estado. Por outro lado é inegável que a presença dessas empresas no Brasil representa geração de divisas econômicas, novos postos de trabalho e a convivência com outras culturas e tecnologias. Precisamos é formar mão-de-obra mais qualificada e promover o uso da tecnologia da informação como forma de reduzir custos e aumentar a produtividade interna.

O Brasil oferece inúmeras vantagens para pessoas visionárias que estão atrás de novas oportunidades para empreender algo novo. Para isto ocorrer deve-se promover uma reestruturação profunda na legislação promovendo setores secundários de forma que possam agregar valor ao produto final. Da forma como esta sendo dada a globalização comercial permanece sob a mesma égide, onde produtos de maior valor agregado estão nas mãos das multinacionais e de países que promovem sua industrialização. A liberdade de hoje que dá o direito de fazer o que a lei permite.Tal interpretação da palavra liberdade fará com que toda liberdade esteja nas mãos de poucos, onde as leis destruirão ou criarão o que for conveniente ao interesse do capital predatório que detêm conhecimento, propiciando a servidão de toda uma nação.

De forma geral o Brasil não possui indústria secundária (manufatureira) a legislação é constituída de tal forma que o desenvolvimento do pequeno investidor a uma pequena indústria torna o investimento incerto. A indústria secundária daria maior amplitude de riquezas ao nosso país principalmente no setor de agronegócios.

O transgênico e uma evolução do híbrido da mesma forma que compramos essas sementes híbridas de meia dúzia de indústrias hoje, essa mesma indústria desenvolve o transgênico, de forma o coibir sua reprodução, para mais tarde deter todo o monopólio do produto no mercado.O que está sendo suplantadas no Brasil proporcionam a promoção de um produto (bem ou serviços) que mais tarde tornam-se produtos de um número muito pequenos de empresas que detêm todo seu monopólio e distribuição.

Enquanto na maior parte do século XX as pessoas viviam obcecadas pela crença de poucas oportunidades de trabalho para uma população sempre crescente, o próximo século será marcado pela escassez de trabalhadores simplesmente porque a população mundial vai cair acentuadamente. Entretanto o momento atual de reengenharias, de demissões e de atividades que desaparecem afeta diretamente a vida de muita gente e produz medos semelhantes iguais ao que a ocorreu na depressão de 1929, inibindo crescimento da população.

O que precisamos é compreender que as circunstâncias de hoje são completamente diferentes de outras do passado, e as perspectivas para o futuro são incomensuravelmente melhores para o mercado de trabalho. Só precisamos é não deixar que a parte triste desta mudança não nos contamine, e possamos cumprir a responsabilidade de nos prepararmos para este novo mundo através de uma nova educação em todas as esferas (federal,estadual e municipal).

No mundo atual a participação de empresas menores na economia dos países desenvolvidos é infinitamente maior que as praticadas no Brasil. O que devemos perceber é que algo de errado existe neste conceito, o mundo desenvolvido que cada vez mais gera riqueza para seu povo ou o Brasil que pratica governabilidade de legislar pela minoria.

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