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Autor:
Surama Jurdi
Qualificação:
Palestrante Motivacional
Site:
www.suramajurdi.com.br
Data:
01/07/05
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Felicidade ou Entusiasmo, Eis a Questão!

Diante das pressões diárias, da velocidade da informação e da acirrada competitividade do mundo moderno, tornou-se natural encontrar pessoas frustradas por não ter conseguido atingir o objetivo. Você é feliz porque é entusiasmado ou é entusiasmado porque é feliz? Muitas pessoas consideram que felicidade e entusiasmo são a mesma coisa, mas não são.

Todos nós podemos ser felizes e entusiasmados, mas o entendimento sobre o que significa cada um pode ser bastante significativo na vida de uma pessoa. O correto é afirmar que com entusiasmo uma pessoa é mais feliz. Parece ironia, mas pessoas que têm tudo sofrem do mesmo mal de pessoas que não têm nada: a busca pela felicidade e a falta de entusiasmo.

Desde o início da puberdade o ser humano tem a aguçada tendência para a insatisfação e chega um momento da vida em que nada parece ser ideal. Tornou-se natural, diante das pressões diárias, da velocidade da informação e da acirrada competitividade do mundo moderno, encontrar pessoas frustradas por não ter conseguido atingir o objetivo e atribuindo a culpa às pessoas e às circunstâncias. Assim, passam a buscar a "tal felicidade" sem nenhuma definição do que querem para amanhã, mas reforçam que quando conquistar isso, quando comprar aquilo, quando encontrar tal pessoa, quando a economia estabilizar, quando o governo mudar, quando o amanhã chegar serão felizes. Doce engano!

Independentemente do amanhã, todos nós temos felicidade, o que significa momentos de êxito, e de sucesso. Seria impossível sobreviver sem felicidade. Independentemente do nível social, sexo ou raça todos nós passamos por situações satisfatórias e momentos de alegria. A questão é que um grande número de pessoas diz procurar a felicidade, mas o que precisam verdadeiramente é de entusiasmo, o que está ligado diretamente à paixão, à missão de vida, aquela pitada de algo novo, um desafio.

O desejo da conquista, de atingir um alvo ou concluir um trabalho, a elaboração de uma estratégia são molas propulsoras para mantermos o entusiasmo em alta. O entusiasmo corresponde a ações fortalecedoras e para produzi-las devemos acionar estados estimulantes, desenvolver a capacidade de mudar da raiva para a alegria, do ódio para o amor, da confusão para a segurança interior, da depressão para a confiança, do medo para a coragem. E, talvez o que seja novidade para muita gente, essa capacidade é individual, intransferível e totalmente acessível para todo ser humano.

Um exercício bem simplificado, e que pode fazer grande diferença na vida de uma pessoa, para obter um resultado de transformação interna é a mudança de postura. O ato de deixar os ombros caídos e a testa franzida corresponde a enviar ao seu cérebro uma mensagem de que as coisas não estão bem. Faça diferente. Mude de atitude, entre em ação e tenha em mente que é possível desenvolver a habilidade de transformar o feio no bonito. Busque o entusiasmo porque feliz certamente você já é.

Se tomarmos como exemplo o comportamento das crianças fica muito fácil entender a diferença entre felicidade e entusiasmo. Elas mudam de humor com uma rapidez incrível. Passam do choro ao riso em questão de instantes, e vice-versa. Se ela está tristonha, uma pequena brincadeira poderá fazê-la soltar gostosas gargalhadas. Podemos dizer que uma criança que chora é infeliz? Claro que não. O período da infância é em geral de muita felicidade, pois não temos os mesmos parâmetros que começamos a ter na adolescência. Fazendo essa associação podemos afirmar que a criança é feliz, mas tem momentos que necessita de algo para entusiasmá-la. A grande diferença é que nesses momentos de "vazio" ela está aberta para as coisas que possam satisfazer seus desejos, algo novo, algo que possa mudar seu estado e quando encontra transforma a sua aparência física e o seu estado emocional. Os recursos internos disponíveis para transformar um estado de humor são os mesmos na criança e no adulto.

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