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Autor:
Mário Jorge de Barros
Qualificação:
Diretor de Tecnologia da Average, empresa especializada no desenvolvimento de softwares para o segmento de comércio exterior.
E-Mail
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Data:
04/05/04
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O ERP e a gestão de processos em comércio exterior

As inovações dos negócios e de tecnologia são diretamente atreladas umas as outras, ou seja, a tecnologia objetiva a implementação ou a viabilização de negócios com maior rapidez e conforto. A decisão em colocar uma nova tecnologia em prática levará sua empresa a desenvolver novas ações e estratégias, ou até mesmo o negócio usual, mas de maneira completamente diferente ou sobre um novo, criando um diferencial que pode ser decisivo num mercado extremamente competitivo como o atual.

A decisão por implementar uma ferramenta de ERP (sistema integrado de gestão), demonstra desejo por melhorar os processos e a organização interna, e com certeza, se a implantação for realmente efetivada, muitas coisas na rotina do pessoal serão alteradas.

O ERP, que significa Enterprise Resource Planning, é usado pelas empresas desde o início dos anos 80 como um sistema para gestão de conhecimento, pois possui uma estrutura informatizada extremamente organizada, a fim de integrar os softwares de cada departamento em uma única ferramenta, possibilitando a realização de uma gestão completa das funções de back-office (contabilidade, finanças, logística e recursos humanos etc).

Dessa maneira um processo de importação, por exemplo, passa a ser visto de maneira completa, oferecendo a visualização desde os aspectos logísticos e dos controles do governo, até o acesso às informações do departamento financeiro para o pagamento de taxas e impostos.

Mas qual é a real importância desse sistema para as corporações? Se pegarmos o exemplo do Departamento de Comércio Exterior, como antes, podemos entender melhor o impacto do ERP nas empresas. Sem a informática (um dia essa situação existiu!) as atividades de importação e exportação eram controladas manualmente, por meio de planilhas e de maneira incompleta e insegura (aqui já lembramos da importância de aplicarmos uma solução específica para essa área), incluindo as dificuldades de casar as transações internacionais com o departamento financeiro e contábil, pois envolve o pagamento de tributos e serviços.

Empresas que já utilizam soluções de ERP entendem quando falamos que os benefícios são imensos. Essa integração, deve organizar, codificar e padronizar negócios e processos de cada departamento, transformando os dados operacionais em informações úteis à tomada de decisões. Isso é feito partindo das necessidades estratégicas, táticas e operacionais e expresso em termos objetivos da organização, o que pode tornar o sistema aplicável em qualquer tipo de organização.

O ERP oferece indicadores para controles gerenciais que auxiliam no entendimento da empresa como algo único e completo, possibilitando aos executivos tirarem partido do valor acrescentado da informação e do conhecimento que circula na corporação.

Além disso, o ERP por organizar e customizar procedimentos internos- promove a redução de custos internos, agiliza a obtenção de informações, por meio do desenvolvimento e da modernização dos processos corporativos.

Infelizmente, poucas empresas têm conhecimento de que um grande número de sistemas ERP incorporam funcionalidades que permitem suportar ações gerenciais de maneira eficiente, rápida e com segurança.

Com o ERP, a empresa passa a ser vista como um conjunto de processos e não de departamentos isolados, pois possui uma fonte de dados única um banco de dados único, diminuindo as possibilidades de distorções de informação. Quantas vezes você se deparou com problemas causados por divulgação de dados conflitantes, oferecidos por dois departamentos diferentes?

Enfim, trata-se de uma ferramenta importante para qualquer porte de empresa, tanto para as que se utilizam das atividades do comércio internacional, como para as que atuam localmente.

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