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Autor:
Flávia Ponte Bandeira S. Costa
Qualificação:
Assessora de Soluções de Negócios da GS1 Brasil
E-mail:
[email protected]
Data:
05/11/05
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Um Diferencial na Exportação de Têxteis

A indústria têxtil e de confecção brasileira vem-se consolidando como um dos segmentos mais competitivos do mercado internacional. Segundo dados divulgados na mídia, as indústrias desse setor faturaram, já este ano, US$ 1,1 bilhão com exportações. O aumento sobre as vendas do mesmo período de 2004 foi de 5,36%.

O Brasil é o terceiro produtor mundial de tecidos de malha, o quinto de peças confeccionadas e o sétimo de fios e filamentos. Em síntese, somos o sétimo maior produtor têxtil mundial. A exportação não se concentra apenas em fios, fibras e tecidos, mas vem ganhando representatividade no segmento de peças acabadas. Já somos reconhecidos pela qualidade de nossos artefatos de cama, mesa, banho e malharia, além da moda praia e íntima. As roupas fabricadas por brasileiros chegam aos mercados mais tradicionais, como França, Alemanha e Estados Unidos.

Como em qualquer outro setor, a concorrência também vem aumentando, principalmente quando falamos de produtos asiáticos. Redução de preço e aumento de produtividade são importantes, mas a diferenciação pelo estilo e qualidade é uma condição primordial para a manutenção da competitividade nesse mercado. Soma-se a isso a União Européia, que estabeleceu a Diretiva 2004/21/CE, que proíbe a entrada em seu mercado de têxteis em cuja produção tenham sido usados corantes azóicos, que liberam aminas aromáticas nocivas. Sabemos que, no Brasil, esses corantes não são utilizados há aproximadamente 20 anos.

A nossa diferenciação pode começar pela rastreabilidade, ou seja, a capacidade de recuperação do histórico de um item, por meio de identificações registradas. O setor têxtil pode unir-se e definir uma etiqueta logística padronizada para suas necessidades, utilizando o código UCC/EAN-128 do sistema EAN.UCC, que seja capaz de garantir ao mercado a qualidade de nossos itens e a confiança de que nenhum produto químico nocivo foi empregado em sua produção.

Os números de identificação contidos nessa etiqueta, representados por código de barras, são a base de acesso a informações nos bancos de dados que permitem que se identifiquem, de forma inequívoca, os itens tratados nas transações comerciais. O meio de informar esses dados deverá ser acordado entre os parceiros comerciais. As estruturas de numeração EAN.UCC garantem exclusividade mundial na identificação dos artigos. A rastreabilidade atende às exigências legais para segurança e qualidade e, mais do que isso, pode ser vista como um instrumento de modernização e diferenciação de nossos produtos no mercado internacional.

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