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Autor:
Werner Kugelmeier
Qualificação:
Diretor da WK Prisma, Educação Corporativa Modular, de Campinas
E-mail:
[email protected]
Data:
08/06/05
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Ditadura dos Otimistas ou Autogestão do Otimismo?

    A escolha que faz a diferença no seu empreendimento

Hoje, a maioria dos profissionais oscila entre o medo da própria coragem e o otimismo não sustentável, ou seja, existe um certo desnorteamento: somos pessimistas demais, vítimas da omissão, ou somos otimistas demais e nos tornamos vítimas da utopia. A saída deste impasse não é optar por um extremo. O equilíbrio é a melhor saída: achar o ponto exato do otimismo que leva a uma atitude vencedora. Otimismo sozinho não resolve e pessimismo atrapalha.

Creio que este meio termo está no que chamo de autogestão do otimismo. O indivíduo assume a total responsabilidade pela gestão sobre si, sem a necessidade da interferência externa. Ser otimista é um estado de espírito, uma questão comportamental, um patrimônio seu. É preciso pilotar nosso empreendimento vida S/A, aceitando que não existe vôo sem risco nem empreendimento sem exposição a situações de risco .

Trata-se de algo que aprendi ao longo da vida. A minha mudança para o Brasil sou natural da Alemanha - provocou fortes questionamentos por parte de familiares, parentes e amigos. A maioria me perguntava: "e se você perder seu emprego? Minha resposta era: esta alternativa não faz parte do meu projeto; eu vou trabalhar para não acontecer isso. Fiz viagens de negócios para áreas como África, Oriente Médio e América Latina. Sempre era questionado a respeito dos riscos de doenças, guerra na área do Golfo e guerrilha na Colômbia e em El Salvador. Meu argumento? Não existe negócio sem risco.

No entanto, há uma distância grande entre acreditar e realizar. Para encurtá-la, é preciso utilizar nosso potencial individual. Nesse aspecto, ser otimista faz toda a diferença: diversão e alegria são ingredientes-chave para superar limites. É preciso expandir internamente, oxigenar a mente com conhecimentos novos e se autopropulsionar através de projetos novos. Cair e levantar faz parte do jogo. Corrigir o passado e comandar o futuro: é esta a polaridade de sucesso.

Alegria de viver e higiene mental, aliadas ao tripé do pragmatismo: entusiasmo, coragem e força de vontade, perfazem a arte de viver. Faz parte desta caminhada uma dose de superestimação do próprio potencial, porque, caso contrário, não se sai da zona de conforto. A zona de desconforto o estresse positivo leva ao teste da auto-superação: quebrar a barreira dos nossos limites, a barreira entre aquilo que você é e aquilo que o sucesso é capaz de agregar para o seu bem-estar.

O indivíduo torna-se acionista do seu empreendimento vida S/A, que zela pelo bom desempenho das ações da empresa eu. Em outras palavras, ele ele manifesta a vontade de (sobre)viver, transformando-se, assim, em um solucionador profissional de problemas. Quando falo da ditadura do otimismo, refiro-me a várias situações, muito comuns hoje em dia: um modismo que prega a idéia de que basta querer; as palestras mirabolantes sobre "saiba o que quer", que deixam o participante com a pergunta " e agora - como fazer ?"; os exageros tipo " cada galinha pode virar uma águia".

O empreendedor é otimista, mas não quer nem pode ser iludido. Ele acredita nas possibilidades que a vida e o mundo oferecem e trabalha para transformar sonhos e idéias em soluções e resultados. Quando se é otimista, o risco ganha a forma de um desafio, um desejo, um destino, o dia D, em que se pode abraçar a oportunidade de testar e superar limites. O processo do sucesso é: pense no seu objetivo, sonhe com ele, dia e noite. Preserve o entusiasmo, formule metas, aja rápido, zele pela credibilidade e nunca desista. O vencedor luta sempre.

O otimismo torna a pessoa mais empregável, pois desenvolvendo a autogestão do otimismo, a pessoa evidencia a paixão pelos 3 R´s: Risco Relações Resultado. O profissional empregável é dotado com o Quociente do Empreendedorismo (QEM): Querer ousar na fixação de objetivos e metas, Envolver líderes e talentos e Mover montanhas através de negociação e aprendizado contínuo.

A divisória entre otimismo e sonho é sutil: a pessoa que sonha mais é mais otimista. Basta lembrar de exemplos históricos de grandes realizadores: Eu tive um sonho, afirmou Martin Luther King. Walt Disney dizia: Se você pode sonhar com algo, você pode realizar algo. John F. Kennedy sonhou: no final desta década (1960), o primeiro americano estará na lua - e esteve.

Sonhe; avance; seja você, transformando os seus sonhos em soluções, suas idéias em resultados. Quem sonha mais, assume mais riscos, realiza mais, vive mais. Pois, como diz Pauolo Coelho: O mundo está nas mãos daqueles que têm a coragem de sonhar e correr o risco de viver seus sonhos.

Tudo o que foi exposto acima é aplicável a empresas, partindo da premissa de que elas são seres vivos:

    > Empresas são como pessoas. Criam-se e mantêm-se graças a cuidados essenciais com a qualidade do ambiente onde estão inseridas e ao investimento na evolução das pessoas

    > Empresas que quiserem se superar e se distinguir das demais devem se alimentar com hábitos que as preservem e buscar oxigenação que as leve a prosperar

    > Empresas excelentes são aquelas que conseguem enxergar hoje o futuro, dar respostas diferenciadas e buscar novas vantagens competitivas, quebrando paradigmas

    > Empresas de vanguarda tratam a mudança como algo inerente à natureza humana e, portanto, à natureza do negócio ( Percepção + Propulsão = Mudança )

Faça a escolha em qual perfil de empreendimento você quer jogar....


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