.
Autor:
Flávia Ponte Bandeira S. Costa
Qualificação:
Assessora de Soluções de Negócios da EAN BRASIL
E-Mail
[email protected]
Data:
12/08/04
As opiniões expressas em matérias assinadas não refletem, necessariamente, a posição do Empresário Online. Proibida a reprodução sem a autorização expressa do autor.

Centrais de Compras no Varejo de Materiais de Construção

Existe uma tendência do varejo pequeno e médio de se organizar em Centrais de Compras. A idéia é ter ganhos de escala que facilitem as negociações e acesso aos fornecedores, além da padronização do ponto-de-venda, maior exposição na mídia e participação conjunta em promoções. Segundo o Diário do Comércio, essas associações têm crescimento de 50% ao ano.

As centrais são criadas para alavancar e incrementar a competitividade de pequenas e médias empresas. Realizando compras centralizadas de diversos produtos, ganha-se volume e redução dos custos transacionais, além da diminuição da burocracia na emissão de faturas e renegociação de contratos. O varejo de material de construção acompanha essa onda, e já existem no Brasil mais de 50 dessas centrais.

A aplicação desse conceito é alternativa viável para que os lojistas atuem de maneira mais sólida no mercado. As indústrias também perceberam a importância dos micros, pequenos e médios varejos para a sua estratégia de comercialização, conquistando novas fatias de mercado. No entanto, o sucesso dessa iniciativa depende do desenvolvimento e envolvimento de todos os elos da cadeia de suprimentos. Focando o varejista, o primeiro passo para o desenvolvimento é a adoção da automação comercial, vista aqui como um conjunto de ferramentas que auxiliam no registro, controle e extração de informações de compra, venda e movimentação de mercadorias. A sua utilização no segmento de material de construção é importante para facilitar o acesso às informações que trafegam diariamente no negócio, permitindo gestão mais eficiente dos processos administrativos e operacionais. Com todas as particularidades do setor, como o elevado volume de itens, somadas às necessidades da organização em Centrais de Compra, torna-se mais do que necessário o investimento.

O processo deve ser planejado e exige o comprometimento da direção da empresa. A escolha da solução adequada de hardware e software deve ser muito criteriosa, considerando a existência de soluções para todos os bolsos. A utilização da automação comercial nas lojas de material de construção proporciona muitos benefícios: controle de estoques, redução de perdas, controle de vendas, eficiência administrativa, além da agilidade no atendimento, no qual o vendedor pode fazer consultas, elaborar orçamentos e registrar a preferência dos consumidores. O registro das vendas é uma qualidade comum a todas as lojas que automatizam suas operações, pois também atende aspectos legais, como a emissão de cupom fiscal.
Os processos automatizados são o braço direito do varejista que conhece melhor o seu negócio, sabe o que é de maior e menor giro e o que apresenta maior rentabilidade, dedicando seu tempo às operações fundamentais da empresa, como compras e atendimento às necessidades dos clientes. Com base nas informações geradas, o lojista economiza ao optar pela compra do mix ideal para o perfil dos seus consumidores e agrega argumentos que facilitam as negociações com os fornecedores. Com os mercados cada vez mais competitivos, torna-se essencial à sobrevivência das empresas adotar a automação como instrumento de gestão e ferramenta para a efetivação do relacionamento entre a loja e os seus clientes. Então, mãos a obra!

.

© 1996/2004 - Hífen Comunicação Ltda.
Todos os Direitos Reservados.