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Autor:
Miguel Rodrigues Neto
Qualificação:
Presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Equipamentos Gráficos da Abimaq (CSMEG)
E-Mail
[email protected]
Data:
13/05/04
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Ilha Brasil

A indústria brasileira, de bens de capital a alimentos processados, passando por aviões de alta tecnologia, tem conquistado significativos espaços em praticamente todos os mercados mundiais. Sua importância no comércio exterior é atestada por um dado taxativo: representa cerca de 60% das exportações nacionais. As estatísticas atuais da balança comercial também demonstram isto e indicam que exportar é decisivo para o sucesso da meta de promover o crescimento econômico e solucionar um dos mais graves problemas do País, o desemprego. Estudos de organismos internacionais, com os dados já convertidos para a moeda brasileira, demonstram que, a cada 170 mil reais exportados, cria-se, em média, um emprego no setor industrial.

Dada a grande importância das vendas externas, o avanço verificado até agora não deve ser considerado suficiente e tampouco arrefecer o empenho de incrementar as exportações, pois elas ainda se encontram aquém do potencial brasileiro, não apenas no campo de bens de capital, manufaturados e transformados, como no tocante às próprias commodities. Dessa maneira, não se pode acomodar nos atuais números positivos do comércio exterior. É necessário seguir avançando e conquistando mercados nos quatro cantos da Terra. O ingresso de divisas por meio das exportações é desatrelado do fluxo do capital especulativo e significa dinheiro lastreado pela produção e, portanto, revertido à geração de renda e empregos. Assim, é fundamental o esforço conjunto da iniciativa privada e do governo no sentido de estimular e aumentar as exportações.

Exemplo disso, verifica-se no campo de atuação da CSMEG (Câmara Setorial de Máquinas e Equipamentos Gráficos da Abimaq), que tem buscado contribuir para o aumento das vendas externas desse segmento da indústria nacional de bens de capital. No ano passado, as importações brasileiras de máquinas e equipamentos gráficos somaram US$ 211,89 milhões, com queda de 32,27% em relação a 2002. As exportações foram de US$ 113,47 milhões, registrando-se, portanto, saldo negativo de US$ 98,42 milhões, um avanço em relação a 2002, quando a diferença havia sido de US$ 199,06 milhões.

Visando à continuidade do processo de reversão do quadro da balança comercial, uma das principais frentes de prospecção do mercado externo este ano é a participação na Drupa 2004, maior feira mundial de equipamentos, máquinas e insumos para a indústria gráfica. Na última edição, em 2000, 3.500 pessoas visitaram o pavilhão brasileiro, o que atesta o significado do evento como vitrina e centro de negócios. Este ano, a Drupa realiza-se de 6 e 19 de maio, em Dusseldorf, na Alemanha. Mais uma vez, o organismo setorial da Abimaq estará presente, contando com o apoio da Apex (Agência de Promoção de Exportações Brasil).

O estande, de 224 metros quadrados, denomina-se Ilha Brasil. Cercadas de compradores em potencial por todos os lados, as empresas participantes acreditam que o evento contribuirá fortemente para o sucesso de seu objetivo de dobrar as exportações em relação ao volume atual. Isto, o que é mais importante, inverteria a balança comercial, que passaria a apresentar superávit.

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