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Autor:
Marisa de Fátima Poças Alves dos Santos
Qualificação:
Professora da UNISA e responsável pelo Relacionamento Empresarial da Fundação Vanzolini
Site:
[email protected]
Data:
15/11/05
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Gerindo Pessoas

No cenário mundial atual, a competitividade é fator propulsor. Isto impele ao desenvolvimento e à retenção dos  talentos profissionais. Ter no quadro de recursos humanos, executivos essencialmente capacitados, e que tenham a visão organizacional sistêmica, é condição fundamental para o crescimento das empresas.
 
As organizações modernas devem priorizar o desenvolvimento das pessoas, com vistas a reter os talentos humanos, ou seja, devem preocupar-se em capacitar seus profissionais, preparando-os para as atividades empresariais, buscando o desenvolvimento de suas competências com foco nos resultados e sua satisfação em relação à organização.
 
Os papéis organizacionais são fatores desencadeadores de ações, que visam implementar internamente nas corporações as chamadas Universidades Corporativas ou Academias Corporativas, as quais têm por finalidade o desenvolvimento das competências pessoais e organizacionais com foco na gestão do negócio ou em resultados tangíveis.
 
Com o passar do tempo, os gestores em processos de contratação de pessoas objetivam a admissão de profissionais, que venham complementar o conhecimento existente no ambiente de trabalho. Procuram pessoas que tenham perfil de agregadores do conhecimento, do valor à cultura e ao conhecimento existente na organização.
 
É importante enfocar que, o processo de Gestão de Pessoas prima por conciliar o conhecimento existente, de forma a otimizar o atendimento dos resultados e a valorização do capital humano. Deve ainda agregar novos talentos e os  conhecimentos para maximizar resultados.
 
O gestor deve conhecer as potencialidades de sua equipe e seus talentos, de modo que, por meio do conhecimento de suas competências, possa potencializar e melhor aproveitar as habilidades do grupo, fazendo com que todos os compenentes se sintam parte do processo, que contribuem para o resultado. É preciso fazer parte, sentir-se membro contributivo para a organização, é neste momento que o papel decisório do gestor se torna elemento crucial dentro do contexto organizacional.
 
O gestor deve ter  coerência em seu discurso e que este seja consoante com suas ações. Gerir pessoas é uma atividade altamente complexa, mas antes de tudo deve ser exercida com sabedoria, pois este papel concentra o “espelho organizacional” para a equipe e para a organização como um todo.
 
Ao decidir, o gestor deve ter coerência e conhecimento dos processos, ter visão integral das partes e do todo, pois se não houver esta consciência crítica, uma decisão impensada pode ter conseqüências desastrosas para a própria pessoa, para a equipe e para a empresa.
 
A sinergia e o espírito de equipe são fatores essenciais para a função, pois como o conhecimento é especializado, os profissionais devem aprender a atuar e se perceber enquanto grupo e perceber que cada membro do grupo contribui efetivamente para o processo e para o conhecimento.
 
Ao gestor cabe a “fusão deste conhecimento”. É nele que se concentra a responsabilidade de capitalizar as diferenças individuais e direcionar o grupo para o atingimento das metas comuns. É preciso ter a habilidade de enxergar cada ser como único e enxergar as potencialidades individuais como contribuição para o todo. Deve valorizar o indivíduo e suas contribuições para alcançar o conhecimento coletivo.
 
Gerir pessoas é ser conciliador de idéias, de atitudes e de comportamentos. É ter o entendimento de que é a equipe quem produz o resultado e, que para alcançar as metas, este precisa ser o elemento facilitador das ações individuais, ter a equipe comprometida com resultado, com o projeto, com a cultura da organização.
 
Administrar pessoas ou equipes é ter a visão das partes, a visão do todo, ter muito claro qual é o caminho, a diretriz, onde se quer chegar, e a partir daí, unir estes cenários, estes papéis, em busca de metas estratégicas, é ter o entendimento de que é preciso motivar as pessoas para a ação, para a consecução dos trabalhos e liderar o processo.
 
Cabe ao gestor, o alinhamento das macroestratégias organizacionais com as estratégias da área, com as expectativas pessoais, fomentando a importância do resultado proposto, a interação entre as equipes envolvidas. É fazer despertar no indivíduo, a razão de ser de suas necessidades, seja de reconhecimento, valorização pessoal e profissional, sua ascensão interna, sua definição de carreira internamente ou no mercado de trabalho.
 
Repensar a Gestão de Pessoas como profissionais da área de Recursos Humanos é muito sério, pois a visão desses profissionais deve ser ampla, deve propiciar o desenvolvimento da equipe, alinhando os processos organizacionais e promover a interação entre as partes. É preciso ter fôlego, visão de empreender talentos para o futuro, não importando onde este profissional irá trabalhar, importa sim seu crescimento e o entendimento de sua contribuição para com o conhecimento institucional.

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