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Autor:
Glauco Pinheiro da Cruz
Qualificação: Diretor do Grupo Candinho Assessoria Contábil e presidente do SESCONAPI (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Grande ABC)
e-mail:
[email protected]
Data:
16/11/2009
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A tecnologia: A favor ou contra os empresários?

Nota Fiscal Eletrônica, agendamento do Simples Nacional para 2010 por meio da internet, solicitação de parcelamentos de dívidas com a União também pelo meio virtual, adesão ao MEI (Micro Empreendedor Individual) pela web, declarações online. Esses são alguns exemplos das rotinas que os empreendedores podem realizar apenas com alguns cliques.
 
Facilitar a vida do empresário é o intuito da modernização das ferramentas da Receita Federal. Porém, ao mesmo tempo, tem sido também uma forma de controlar, de maneira mais eficaz e detalhada, os contribuintes. Juntamente com os dados enviados pelos empreendedores, os sistemas atuais fazem um “cruzamento” de informações com os bancos. Consequentemente, o sonegador não tem mais opção.
 
Bom para a Receita? Sem dúvidas, mas os empresários precisam também de tempo e capacitação para conseguir estar de acordo com as novas exigências online. É o caso da empresas pequenas e familiares, que, normalmente são comandadas por senhores estrangeiros, que vieram ao Brasil depois da segunda Guerra Mundial. São estabelecimentos em que as contas são feitas na calculadora, no caderninho de contas do mês. Padarias e quitandas representam essa realidade. E como exigir que esses empreendedores, em apenas alguns meses, instalem determinado software para estarem de acordo com as mudanças da Receita, sendo que nem sabem utilizar um computador?
Com prazos apertados, os empresários acabam obrigados a entraram na era da informática sem terem a mínima orientação de como devem fazer.
 
Sem contar nos custos adicionais que tal exigência tecnológica traz para cada estabelecimento. Automatizar não é coisa simples, que acontece de um dia para o outro. E o principal: não é nada barato.
 
Mas não há saída e escolha ao pequeno empreendedor: ele é obrigado a se adaptar à mudança tecnológica, seja ela a favor ou contra seu empreendimento.

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