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Autor:
Paulo Pandjiarjian
Qualificação: Jornalista, diretor de Relações Institucionais da ANEFAC e diretor-geral da Pan Brasil Comunicação Empresarial.
E-mail:
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Data:
17/04/2007
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Não quero mais trabalhar às segundas-feiras

Os líderes partidários da Câmara decidiram recentemente não trabalhar mais às segundas-feiras em Brasília. Em reunião com o presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), os líderes avaliaram que as sessões às segundas-feiras não são produtivas e que é melhor suspender as votações na Casa nestes dias, quando os deputados poderão continuar nos seus Estados.

Tradicionalmente, a Câmara não realizava sessões às segundas-feiras, mas Chinaglia imprimiu um novo ritmo de trabalhos na Casa instituindo sessões deliberativas (com votações) de segunda a quinta-feira. Antes de Chinaglia, as votações ocorriam sempre às terças, quartas e quintas-feiras – o que voltará a acontecer.

Nos três dias da semana, quem não comparecer terá os salários cortados no final do mês caso não apresente justificativas para os casos previstos no regimento. Já as ausências nas segundas e sextas-feiras não implicarão cortes salariais – o que na prática permite aos deputados permanecerem em seus Estados.

Penso que vou imprimir esse mesmo ritmo à minha vida profissional de consultor empresarial e militante da vida associativa empresarial.

Tenho certeza que meus clientes, fornecedores e presidentes aceitarão facilmente a minha argumentação de que a segunda-feira não é um dia produtivo. Sabe como é, não? A ressaca do domingo só passa mesmo na terça-feira!

Imagine, apenas, caro amigo leitor, quantos milhões de reais da vida empresarial produtiva iriam por água abaixo se todos pensássemos assim! Vamos pedir às nossas queridas Associações Comerciais que criem, em analogia ao Impostômetro, o Segundômetro – instrumento de medida das perdas financeiras se o setor produtivo ficasse de braços cruzados às segundas.

E que tal medida fosse acumulando os valores de cada segunda-feira, do começo ao final do ano. Você já imaginou? Eu nem quero imaginar...

Só sei que se eu viesse com essa história de não trabalhar às segundas-feiras, é bem provável que minha esposa, utilizando a sabedoria que lhe é peculiar, diria: “Vai trabalhar, vagabundo!”

Quem sabe a mensagem sirva também aos Nobres Deputados lá em Brasília!


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