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Autor:
Dorival Jesus Augusto
Qualificação: Editor da revista Sala do Empresário e do Portal Empresário Online
E-mail:
[email protected]
Data:
17/08/2007
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Por que se esconder?

Ao elaborar as pautas das matérias da edição n.16, da revista Sala do Empresário, que circulou em agosto de 1998, sobre a participação da categoria contábil nas questões que envolvem o difícil impasse dos ajustes tributário e fiscal, buscamos ouvir a palavra de profissionais de grande projeção na imprensa eletrônica, na economia, no poder público, incluindo, também, consultores de fama internacional.

Resultado: apesar de se mostrarem dispostos a colaborar, pediram tempo demasiado para estudar em profundidade os temas a serem abordados, por absoluta falta de informação a respeito do pujante e expressivo papel desempenhado pelo empresário da contabilidade, conhecido por eles simplesmente como contador.

Ora, não basta ser contador. Num momento em que o cenário econômico apresenta um quadro de estabilidade real e o governo se arma a todo o vapor para fazer valer a carga tributária já existente, utilizando a eficiência da informática como ferramenta de controle de fiscalização, o papel das 60 mil empresas de contabilidade, que utilizam a mão-de-obra de 120 mil profissionais da área, gerando mais de 300 mil empregos diretos, adquire nova configuração no panorama atual. Portanto, nada mais justo do que reconhecer o mérito reservado à categoria contábil em assumir a verdadeira vocação de educadora da cidadania empresarial brasileira, principalmente junto às pequenas e médias empresas. Cabe a ela atuar como fonte de capacitação, enquanto referencial de gerenciamento nas decisões de negócio, participando do processo irreversível da reorganização da economia nacional inserida no contexto globalizado.

Enquanto a opinião pública se debate na discussão de detalhes e assuntos de pouca ou nenhuma relevância na evolução dos setores produtivos e de prestação de serviços, perde-se de vista a importante missão a ser cumprida pela classe contábil como assessora direta dos dirigentes empresariais. A divulgação do árduo e valioso trabalho que vem sendo realizado pela categoria merece amplo destaque para que o contabilista tome cada vez mais consciência da sua importância, investindo nas mudanças necessárias ao seu aprimoramento profissional. Está na hora de revelar o vigor de tamanha representatividade, demonstrando uma postura arrojada que possa ser traduzida em termos de modernização constante e atualização permanente.

Que o nosso esforço em produzir este material jornalístico sirva do motivo de reflexão e análise para aqueles que ainda não estão devidamente atentos aos sinais evidentes das exigências econômicas e sociais de um novo tempo. Aos que já vêm cumprindo a sua função com o máximo de dedicação e coragem diante dos obstáculos, só nos resta prestar uma homenagem justa e merecida, comunicando aos empresários do País inteiro as iniciativas e os projetos ousados das entidades que representam dignamente o setor contábil e buscam, de forma incessante, elevar a categoria ao status que lhe é conferido por direito, enquanto peça-chave do intrincado quebra-cabeça formado pela interação das atividades empresariais às portas do século XXI.
Editorial da revista Sala do Empresário, edição n.16 (Agosto/1998), com o tema de capa TRIBUTAÇÃO x FISCALIZAÇÃO: A Batalha do próximo século

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