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Autor:
Paulo A. Marques Filho
Qualificação:
Professor da Fundação Vanzolini e doutorando em Engenharia de Produção POLI-USP
E-mail:
[email protected]
Data:
19/07/05
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Jogo de Empresas, Você já Participou de Um?

Se sua resposta for negativa, você ainda pode participar desta forma de ensino diferente das aulas expositivas tradicionais.
Explicar um jogo de empresas é difícil para participantes iniciantes, só quem já vivenciou esta competição sabe dos conhecimentos que são necessários para se administrar uma empresa aliada à habilidade do trabalho em grupo.
Estes jogos são simulações de ambientes empresariais, onde os participantes atuam como executivos, avaliando cenários hipotéticos de negócios e as conseqüências decorrentes de suas decisões tomadas.

"Jogo de Empresas um modelo de gestão de negócios".

Há vários tipos ou modelos de jogos trabalhando funções de planejamento, marketing, produção ou finanças; dentre muitas outras vistas numa empresa. São aplicados em tabuleiros, calculados manualmente ou processados em computadores, em eventos presenciais ou à distância pela Internet.

Segundo Joseph Wolfe (University of Tulsa) os jogos empresariais modernos são o resultado da fusão dos jogos de guerra, pesquisa operacional, teoria de educação e tecnologia computacional, onde o conhecimento é transmitido pela interação software-hardware-aluno, neste caso o professor é apenas um mediador do processo de ensino.

Aliás, tudo começou em 1955, quando foi desenvolvido um jogo computadorizado simulando a administração de materiais para a Força Aérea Americana. Em 1956, a American Management Association lança jogo adaptado para negócios considerado como o primeiro jogo de empresas e, em 1957, a Universidade de Washington adota esse método de ensino em sala de aula.

No Brasil, os jogos iniciaram-se em 1962. Naquela época eram importados e processados nos Mainframe, usavam-se então os antigos cartões perfurados.

"A simulação empresarial cria um ambiente para o ensino de gestão e tomada de decisão".

Hoje, esta atividade chega aos 50 anos de existência, atingindo um alto grau de maturidade e sofisticação, o seu uso é institucionalizado em muitos cursos superiores como disciplina obrigatória ou nas empresas em treinamento e desenvolvimento de executivos.

Algumas escolas brasileiras ainda utilizam programas importados, porém, já desenvolvemos aplicativos modernos com modelos mais próximos à nossa realidade financeira e tributária, como é o caso do jogo que aplicamos em cursos de pós-graduação como o CEAI da Fundação Vanzolini ou no MBA da FAAP.

Os jogos, como ferramenta no ensino de gestão de empresas, têm um charme todo especial, no qual não há perdedores, quem participa ativamente da experiência é que obtém o conhecimento e torna efetivo o ensino, isto é, quem ganha realmente é quem aprende!

Assim esteja preparado, se você nunca participou, ainda deve participar de um jogo de empresas.

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