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Autor:
Isaac Pinski
Qualificação:
É sócio-diretor da Pinski Consultoria.
Site:
www.pinski.com.br
Data:
21/12/2011
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Quanto tempo de tranquilidade eu quero ter?

As manchetes do dia alardeiam que o brasileiro está direcionando seu 13o salário para o pagamento de dívidas. Isso é elogiável e seguramente representa uma evolução ao comportamento pouco responsável visto até bem pouco tempo atrás. Mas vale a pena ir além. Pagar suas dívidas reduz os pesadelos, mas será que teremos boas noites de sono à frente?

Uma gestão financeira competente considera que devemos reduzir os riscos de eventos desagradáveis em nosso futuro. Uma demissão inesperada para os assalariados ou um acidente – até mesmo uma doença – para os autônomos e empreendedores podem representar noites de pânico e dias de agonia se uma adequada provisão financeira não tiver sido providenciada.

Nossas reservas financeiras não têm por finalidade o acúmulo contínuo de riquezas, afinal, o personagem do Tio Patinhas não deve servir de modelo para ninguém. Elas devem representar a melhoria da qualidade de vida das pessoas e, dessa forma, servir a elas e não o contrário. Em outras palavras devemos fazer o nosso próprio seguro para os períodos de “vacas magras”.

Um cálculo simples para saber quanto tempo de “vacas magras” a pessoa pode agüentar é dividir suas reservas pelo menor gasto mensal necessário para a sua sobrevivência. Se esse resultado for inferior a 3, cuidado! Se suas reservas não lhe permitem procurar uma fonte de receita por mais de 90 dias, o que, mesmo em condições de economia aquecida é, no mínimo, perigoso.

Um dos grandes problemas de as pessoas serem pródigas em consumir, mas incompetentes para poupar é que na hora do desespero o profissional agarra a primeira oportunidade para ganhar um dinheirinho qualquer que mitigue seus sofrimentos, sem perceber que dessa forma está se distanciando, às vezes definitivamente, de seus objetivos, de suas convicções e de seus sonhos.

Sem ter tido uma educação financeira adequada e sem parâmetros saudáveis de consumo e de poupança o nosso herói passa a ser presa fácil da febre consumista e do emprego oportunista. Tudo aquilo que pode contribuir para que ele se torne mais um cidadão sem rumo e com baixa qualidade de vida.

Se, no entanto, a pessoa se submeter a um processo de coaching e tiver a ventura de ter um coach competente e comprometido com sua vida e carreira, ela poderá reequilibrar sua equação financeira, redefinir sua carreira e dar um norte aos seus projetos de vida. Em suma, poderá transformá-la para muito melhor.

E o tempo de tranquilidade, decorrente de poupanças financeiras provisionadas, que atualmente é muito pequeno ou mesmo inexistente, poderá se transformar em vários anos de paz de espírito e de consistência profissional.

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