.
Autor:
Alfried Plöger
Qualificação:
Presidente da Abigraf Regional São Paulo (Associação Brasileira da Indústria Gráfica) e da Associação Brasileira das Companhias de Capital Aberto (Abrasca)
E-mail:
[email protected]
Data:
22/12/04
As opiniões expressas em matérias assinadas não refletem, necessariamente, a posição do Empresário Online. Proibida a reprodução sem a autorização expressa do autor.

Perspectivas do Setor Gráfico no Ano Novo

Mercado gráfico mundial deverá movimentar US$ 949 bilhões em 2005

A indústria gráfica, que reage rapidamente às oscilações macroeconômicas e tende a registrar expansão de quatro pontos percentuais além do PIB, poderá crescer até 10% em 2005, considerando-se as estimativas de incremento econômico entre 4% e 5% no novo ano. Se estas previsões realmente se confirmarem, o setor estaria se aproximando de uma recuperação mais efetiva e restituindo os níveis de ocupação de suas plantas industriais, abalados com a retração de 2003. A expansão verificada em 2004 já foi bastante positiva, mas ainda insuficiente para reparar devidamente a lucratividade perdida no exercício anterior, quando o PIB nacional recuou 0,2%, na contramão, aliás, do ocorrido em praticamente todas as nações latino-americanas, cuja recuperação antecipou-se à do Brasil.

De qualquer maneira, é imprescindível que o parque gráfico nacional - constituído por cerca de 15 mil empresas, empregador de 200 mil trabalhadores e responsável por 3% do PIB industrial do País - esteja preparado para capitalizar o esperado crescimento econômico brasileiro em 2005. Nesse sentido, as gráficas precisam empenhar-se, cada vez mais, na busca de competitividade. Isto passa, necessariamente, pelos seguintes fatores: aporte tecnológico; gestão administrativo-financeira eficaz; profissionalização e eficiência no marketing; capacidade de exportação; e descoberta de nichos de mercado, fator preponderante para pequenas e médias empresas. Além disso, é preciso instrumentalizar-se para atender plenamente às necessidades e anseios dos clientes, mesclando as tecnologias convencionais e os novos processos digitais.

O Sistema Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica) tem trabalhado muito no sentido de contribuir para o avanço do mercado e ajudar as empresas do setor a realizarem as necessárias lições de casa relativas à conquista da competitividade. No âmbito da Abigraf Regional São Paulo, iniciativas voltadas a essas metas serão cada vez mais intensificadas em 2005. Dentre elas, o Graphia, grupo de exportações cuja ação tem sido muito forte na prospecção do mercado externo, com bons resultados já efetivados. Também deverá ser cada vez mais estimulada a ação dos grupos empresariais, pois seu papel na análise dos problemas e propostas de idéias e soluções, em cada nicho do mercado, tem-se mostrado uma rica contribuição.

A entidade de classe é o porta-voz, o advogado e o principal canal de mobilização, inclusive política, de um ramo de atividade na busca de seu fortalecimento. É exatamente com base nesse paradigma que o Sistema Abigraf vem atuando. É necessário avançar cada vez mais na valorização, desenvolvimento e prosperidade do parque gráfico brasileiro. Em 2005, estima-se que o setor deva movimentar US$ 949 bilhões em todo o mundo. É preciso trabalhar muito, com coesão, sinergia e inteligência, para que a fatia brasileira deste significativo bolo seja cada vez maior.

.

© 1996/2004 - Hífen Comunicação Ltda.
Todos os Direitos Reservados.