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Autor:
Antonio Tadeu Pagliuso
Qualificação:
Superintendente Geral da FNQ – Fundação Nacional da Qualidade
Site:
www.fnq.org.br
Data:
23/12/05
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O Diferencial da Gestão Competitiva

Fundamentos da excelência garantem credibilidade à atuação da empresa

A principal vantagem competitiva das organizações do século XXI está sendo e será cada vez mais a Qualidade da Gestão. O conceito de excelência em gestão é simples e claro quando considerado com o devido aprofundamento. Ele resume um conjunto de princípios e valores que são incorporados e internalizados por uma organização de qualquer nação, setor ou porte, que os pratica em seu dia-a-dia em todos os seus níveis de funcionamento e de atuação e com todos os seus públicos, interna e externamente.

Esses princípios e valores podem ser relacionados como pilares da gestão e são denominados os “fundamentos da excelência”. Estes se constituem nas bases do Modelo de Excelência em Gestão® disseminado pela FNQ - Fundação Nacional da Qualidade e adotado por muitas organizações, algumas delas ganhadoras do Prêmio Nacional da Qualidade® (PNQ) após uma longa e rigorosa avaliação. Essa análise é feita com base em oito critérios de excelência: liderança, estratégias e planos, clientes, sociedade, informações e conhecimento, pessoas, processos, e resultados.1

Na prática, porém, a empresa em busca da excelência em gestão não só está em consonância com esses critérios, mas também incorpora cotidianamente os doze fundamentos de excelência – pilares que compõem o estado da arte da gestão para um melhor desempenho e o aumento da competitividade. Estes conceitos vão além da responsabilidade social ao incluírem a visão sistêmica, o aprendizado organizacional, inovação, agilidade, liderança e constância de propósitos, visão de futuro, foco no cliente e no mercado, gestão baseada em fatos, valorização das pessoas, abordagem por processos e orientação para resultados.

Todos esses fundamentos tornam-se práticas adotadas por empresas praticantes de uma gestão considerada de “Classe Mundial”, ou seja, elas têm um nível de desempenho superior à média global e são, portanto, competitivas mundialmente. Nelas, os doze fundamentos estão presentes, de forma harmônica e balanceada, de maneira contínua e integrada com seus perfis estratégicos. E, na realidade, o que o PNQ faz é avaliar se esses fundamentos estão de fato presentes no “dna” da empresa. Ou seja, os doze fundamentos constituem o alicerce da gestão, e os oito critérios dão sustentabilidade a esse modelo, permitindo mensurar o desempenho da gestão empresarial.

Essa avaliação começou a ser feita com a criação da FNQ, em outubro de 1991. E alguns números mostram que estamos no caminho certo. Até 2005, mais de 14 mil profissionais foram capacitados na aplicação dos Critérios de Excelência, sendo que mais de três mil pessoas atuaram como voluntários da banca examinadora ou como juízes, orientadores, examinadores seniores, examinadores relatores e examinadores. Nesse período, foram distribuídos mais de 385 mil exemplares dos Critérios de Excelência do PNQ, e a instituição estimulou e participou da criação de diversas premiações setoriais, estaduais e regionais. Em outubro, completaram 14 ciclos de premiação com 318 empresas inscritas no PNQ. Dessas, 68 receberam a visita dos examinadores e 19 foram premiadas. No ciclo de 2005, 41 empresas se inscreveram ao Prêmio que teve a CPFL, a Serasa, a Petroquímica União, a Suzano Petroquímica como vencedoras, e a Albras como a única finalista desse ano.

Os benefícios trazidos pela adoção dos fundamentos de excelência ficam claros quando se sabe que 40 das 100 maiores e melhores empresas do País apontadas no ranking da revista Exame são membros da FNQ, ou seja, adotam seu modelo de excelência, independentemente de participar do Prêmio. Das 150 empresas indicadas como melhores para se trabalhar, 26 são membros da FNQ; e, das dez primeiras, cinco fazem dessa comunidade da qualidade. Ao todo, são 160 organizações filiadas, com mais de um milhão de pessoas diretamente relacionadas. Esses números apenas apontam que, mesmo em tempos de incertezas, as empresas brasileiras vêm fazendo sua parte modernizando seus equipamentos, capacitando e treinando pessoas, reestruturando e melhorando seus processos, tornando-se mais competitivas e gerando riquezas para o País e toda a sociedade.

Nesse contexto, em 2005 a FNQ evolui para o cumprimento de sua nova missão: disseminar os fundamentos de excelência em gestão com empresas de qualquer porte ou tamanho, além de gerenciar e difundir práticas e casos oriundos do PNQ. O objetivo é mobilizar um número cada vez maior delas para a prática de uma gestão de Classe Mundial, no sentido de contribuir para o aumento da competitividade dessas organizações e do Brasil no cenário global. Muito mais que disseminar conceitos, a FNQ é um ambiente de troca de experiências quando o assunto é Excelência em Gestão. O resultado será, sem dúvida, a melhoria do desempenho das organizações, da qualidade de vida de suas partes interessadas, e da sociedade brasileira como um todo.

Para maior compreensão e detalhamento dos critérios de excelência acesse o site da FNQ, www.fnq.org.br


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