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Autor:
Márcia Dolores Resende
Qualificação:
Criadora do método engenharia da Felicidade
Site:
www.institutodethalentos.com.br
Data:
26/05/2015
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Colaborador engajado atua como “dono do negócio”

Outro dia, li uma matéria em um jornal de circulação nacional que me chamou a atenção. O texto trazia relatos de especialistas em RH alertando sobre a importância de promover o engajamento nas empresas – uma questão que eu e minha equipe sempre ressaltamos durante as nossas consultorias.

A maioria dos líderes, mesmo sabendo que se trata de um assunto fundamental para um desempenho sadio e sustentável, não se preocupa diretamente com o termo “felicidade”, mesmo que o tema esteja ligado diretamente com a produtividade. Entretanto, esse sim tira o sono de qualquer gestor.

A fórmula engajamento, mais funcionário feliz, mais produtividade é igual ao aumento nos lucros da empresa, está nítida e fácil de entender, e já foi comprovada muitas vezes. Entretanto a dúvida de todos os CEO`s é de como aplicá-la uma vez que nem todos os elementos são facilmente identificados em uma corporação. Por exemplo:  todos os colaboradores estão satisfeitos? O ambiente de trabalho proporciona uma interação saudável? Como está o nível de produtividade? Infelizmente, são poucos que conseguem ouvir em suas respostas o que que tanto esperam!

Para mudar essa realidade, é preciso voltar ao primeiro item da nossa fórmula: os colaboradores. Para saber se estão satisfeitos e motivados, é preciso realiza constantes pesquisas sobre engajamento e satisfação. A partir das respostas obtidas, traçar estratégias para saber o que pode ser aprimorado para alinhar, cada vez mais, a função daqueles profissionais com o ideal (missão, cultura) da empresa e identificar os pontos que possam gerar desafios, que muitas vezes não estão ligadas diretamente no cumprimento das tarefas, mas que podem influenciar em uma série de outros fatores... principalmente, o engajamento.

“Vestir a camisa” se traduz em vontade de cooperar, doar-se de coração e sentir-se de fato pertencendo aquele lugar de forma genuína e única. É agir como se fosse o dono daquela empresa ou seja, ser apaixonado pelo que fazem e pelo como fazem.  Ter um quadro de colaboradores com essa desenvoltura seria um passo para dominar o mercado e permanecer na liderança do segmento em que atua, de forma sustentável. 

Este tema sempre foi foco da minha atenção, olhar, sentir e ouvir e, quando comecei minha carreira no ambiente corporativo, lembro claramente em cada ação, sugestão ou resolução estavam atrelados resultado e felicidade. Sempre desconfiei de resultados com infelicidade, afinal, tudo o que uma pessoa determina para si com felicidade terá muito mais chances de se efetivar com empenho natural.

Vale lembrar que engajar não significa estar feliz e satisfeito, mas sim, uma série de outras coisas como comprometimento, saber se comunicar na linguagem da empresa, ter relacionamento com o cliente, sabe qual a sua função e, principalmente, como o trabalho deve ser executado e estar ciente de suas metas e objetivos. O funcionário deve sentir-se bem por pertencer aquela determinada organização. A relação deve ser de ganha-ganha.

Comportamentos desrespeitosos e sem ética afastam qualquer profissional engajado e   culminam em um processo de assédio moral. E o que mais assusta são os números desta triste realidade que não param de crescer, que se deve a uma liderança exercida por pessoas sem preparo adequado.

As consequências são afastamentos, ações trabalhistas, afastamentos, doenças psicossomáticas e pessoas talentosas procurando oportunidades em outras empresas.

Separei algumas dicas para tornar os colaboradores ainda mais engajados:

- Apoiar sempre que necessário
- Compartilhar sucesso
 - Diálogo aberto
- ter uma política sólida de desenvolvimento e crescimento profissional
- Sempre reconhecer o sucesso de cada projeto
- Manter um relacionamento sadio entre equipe e liderança
- Buscar formas inovadoras de reconhecimento


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