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Autor:
Fábio Luciano Violin
Qualificação:
Professor universitário e consultor de empresas.
E-Mail
[email protected]
Data:
09/04/04
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Eu Sempre Fiz Assim!|

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As pequenas e médias empresas brasileiras vêm sofrendo o que podemos chamar de verdadeiro “terremoto” em seus princípios e conceitos de gerir seus processos organizacionais na busca de maior ganho de competitividade. A obrigatoriedade de adesão às novas exigências da realidade empresarial colocam em xeque-mate os vícios administrativos que foram passados de pai para filho, mas como mudar após 20, 30 ou 40 anos de práticas administrativas arcaicas e comprovadamente inadequadas ao hoje?

Deixar o antigo decadente e se lançar ao novo desconhecido é um passo importante, definitivo porem muito incerto, afinal a mudança traz em seu cerne a dúvida , o medo. Mas ignorar o fato da necessidade de mudar, com certeza é mais perigoso e se assemelha com um atestado prematuro de óbito empresarial.

Analise os tópicos abaixo e procure identificar se isto acontece dentro de sua empresa :
  • Inexistência total ou parcial de treinamento ou processos de melhoria dos colaboradores;
  • Centralização do poder na figura do chefe, dono ou gerente;
  • Processos absolutamente informais nas tomadas de decisão;
  • Política feudal;
  • Perspectiva de ascensão de cargos inexistentes;
  • Informática utilizada apenas para o “básico” ( isso quando existe);
  • Idéias enraizadas em métodos que deram certo no passado,
  • Falta de um planejamento estratégico de médio e longo prazo,
  • Canal ineficiente e ineficaz de comunicação dentro e fora da empresa;
  • Política de Recursos Humanos falha ou inexistente,
  • Ausência de investimentos em Mídia de forma constante;
  • Postura de bombeiros ou quebra conserta;
  • Exclusão dos colaboradores no processo de tomada de decisão;
  • Ausência de canal de sugestões para melhorias;
  • Premiações e penalidades “humanas”;
  • Indecisão;
  • Ações baseadas no “achismo”;

Considerar a máquina mais importante do que o homem, entre diversos outros.

Estes fatores ( entre outros) denunciam que a competitividade da empresa não “anda bem das pernas”, e ninguém quer ser micro, pequeno ou médio para sempre, e mais ainda, ninguém pensa em falir, portanto mudar ainda é o melhor caminho .

É preciso estar ciente de que o mercado esta exigindo e cada vez exigirá mais profissionais que tenham a capacidade de repensar a cada dia sua postura, os caminhos a serem seguidos e sobretudo desenvolver e aprimorar a capacidade de visualizar ameaças a serem contornadas, aliviadas ou eliminadas e oportunidades a serem aproveitadas no presente e no futuro.

Mudar é preciso, mas cuidado, posturas como incendiário-revolucionário ou rebelde sem causa tem poucas chances de sucesso, é preciso revolucionar mas de forma planejada e consciente para evitar o máximo de percalços possível.

As oportunidades existem para quem é ágil no reconhecimento de quais providencias devam ser tomadas para gerar vantagem competitiva, então mãos a obra, afinal as palavras de ordem atualmente são competência e inteligência.

Caso você ache que isto é bobagem, a concorrência agradece.


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