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Autor:
Edu Rosa Oliveira Silva
Qualificação:
Especialista em gestão Estratégica de Negócio pela Educon e Consultor Junior pelo Núcleo Integrado de Empresa Juniores do CESUPA (NIEJ).
E-Mail
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Data:
06/03/04
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O Movimento Empresa Junior no Pará: O Núcleo Integrado de Empresa Juniores do Cesupa, uma nova realidade empreendedora.

Conceitos como o empreendedorismo, liderança e coaching encontram-se em voga na área de administração de empresas atual. As instituições de ensino atentas a estas modificações, tentam se adequar à nova realidade do mercado, que é aquela de integrar a prática com a teoria dentro das salas de aulas.

O primeiro passo das instituições de ensino nesta busca foi à institucionalização de estudos de casos precedidos de Brainstorming, onde, neste, o discente visualiza casos de empresas reais e tenta trabalha e discuti em grupo buscar a melhor forma de solucionar problemas reais da empresa.

Com a evolução do mercado, as academias foram exigidas no treinamento de seus profissionais em lidar com questões cotidianas, administrativas em especial, no gerenciamento de equipes. Neste período, houve uma necessidade de redirecionamento do foco de ensino das instituições de ensino. Pois, a universidade, que no passado formava profissionais para trabalhar em empresas como funcionários agora, devido às mudanças no mercado, formam profissionais que estejam dispostos se tornarem empreendedores.

Foi a partir desta necessidade, em 1967, na França, que se deu o início do movimento Empresa Júnior, que por sua vez permitiu aos discentes de administração observar não só os problemas e a resolução destas empresas. Mas também fez com que os estudantes observassem os desencadeamentos de suas soluções e mais o aspecto das relações humanas dentro das organizações. Ultrapassando esta atribuição inicial, as empresas juniores valorizam a instituição de ensino como um todo no mercado de trabalho; desenvolvem o espírito crítico/analítico e empreendedor do aluno e finamente intensifica o relacionamento Empresa/Escola, ofertando serviços a micro e pequenas empresas a preços menores dos que são praticados no mercado.

No Brasil a idéia foi introduzida pela câmara de comércio Brasil-França em 1988, se iniciando na Fundação Getulio Vargas (FGV) e Fundação Armando Álvares Penteado(FAAP) em São Paulo. No Pará as primeiras empresas juniores foram instaladas entre os anos 1995 a 1999. Dentre estas, a Empresa Júnior do Centro Universitário do Pará(CESUPA) que vem conseguindo resultados expressivos na implantação deste projeto.

No ano de 2003 com a implantação de novos cursos no Cesupa surgiu a necessidade de modificação na estrutura na Empresa Júnior permitindo assim que esta podesse atender aos discentes dos novos cursos. Após exaustivas pesquisas quanto à estrutura das empresas juniores e reuniões com membros efetivos chegou-se ao consenso de que o melhor caminho seria a adoção de um modelo Integrado de Empresas Juniores já adotado pela PUC-SP.

Este modelo, de Núcleo Integrado de Empresa Júnior(NIEJ), tinha como principal premissa a promoção de uma união de discentes de diferentes áreas e ciências sobre um determinado assunto, possibilitando assim, uma maior agregação de conhecimento por parte dos alunos e também levar para o aluno a importante prática da interdisciplinaridade em sua vida profissional e acadêmica.

Outro fator positivo deste modelo é a grande integração entre alunos de cursos diferentes que fora vista na construção dos planos de negócio, marketing e de comunicação e regimento interno do NIEJ, onde os discentes tiveram uma participação intensa sendo monitorados pelos coordenadores.

Quanto à remuneração dada aos consultores juniores optou-se pela não remuneração destes, mas sim, pelo aprimoramento em sua formação profissional através de palestras, workshops, visitas técnicas a empresas, pagos com o dinheiro obtido com os serviços realizados pelos discentes do núcleo, ao invés de remunerá-los financeiramente.


Um terceiro fator observado no NIEJ foi uma ocorrência de parcerias com instituições tanto internas como externas. Haja vista que este empreendimento detém parceria com a Incubadora de Empresa de Base Tecnológica do CESUPA(ICBT), Centro Internacional de Negócios(CIN) além de sempre trocar experiências com as demais empresas juniores do Pará.

Sobre as parcerias com outras empresas juniores paraenses têm-se feito muitos esforços de integração entre estas, com reuniões e encontros para que se possa institucionalizar uma Federação Paraense de Empresas Juniores (FEPAEJ), assim como foi realizado em São Paulo com a Federação de Empresas Juniores de São Paulo(FEJESP).

Atualmente, com a conclusão dos cursos dos primeiros membros do NIEJ observa-se que muitos destes devido o aprendizado obtidos no núcleo, seguem por vários caminhos de sucesso. Sendo que alguns se encontram nos cursos de pós-graduações e Mestrados. Outros, por sua vez, estão classificados em programas de trainees para empregos em grandes empresas multinacionais e finalmente, existe um terceiro grupo que utilizam os conhecimentos obtidos para montar o seu próprio negócio.

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