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O Que é Astrologia?
Desmistificando a Astrologia
Copyright 1999 Delphos Astrologia

      "A Astrologia tem o somatório de todo o conhecimento psicológico da Antigüidade e acho que deve ser aceita pela Psicologia sem maiores restrições".
      Carl Gustav JUNG, o grande psicanalista suíço, que usava mapas astrológicos no atendimento
      a seus clientes e que teve uma filha que se tornou a maior astróloga da Suíça em sua época.

    A Astrologia é a ciência que correlaciona os ciclos cósmicos com os ciclos terrestres que interessam à vida humana. Não é uma "Arte" e há algum tempo deixou de ser um "Ciência Oculta", como costumava ser rotulada. Simplesmente reverteu à sua condição anterior, já multimilenar, de ser uma ciência ensinada e desenvolvida no meio acadêmico.

    De fato, a Astrologia evoluiu, desde o nascedouro, como resultado das observações e cálculos matemáticos das mentes mais brilhantes e capacitadas de cada época. Cresceu tanto, que deu origem a um tipo especial de astrólogos, aqueles que passaram a se dedicar integralmente só ao trabalho de observar os céus, compilar tabelas astronômicas e desenvolver cálculos progressivamente mais complexos.

    Esses astrólogos não tiveram mais tempo para continuar relacionando os ciclos e posições observados no céu com a vida e os negócios dos homens na Terra. Viravam noites e varavam dias olhando para os astros e escrevendo. Com o passar dos séculos acabaram recebendo um nome especial: astrônomos. O astrólogo (Logia = conhecimento, descrição) descrevias as relações macrocosmo/microcosmo, o astrônomo (Nomos = numeração, contagem) apenas calculava, observava, escrevia. Era uma espécie de escriba especializado. Em Roma eram basicamente escravos gregos, que tinham que fazer o longo e fastidioso trabalho de compilar e calcular, enquanto seus senhores astrólogos ficavam com a glória e o dinheiro. Não é de admirar o velho ressentimento dos astrônomos com os astrólogos.

    A Astrologia evoluiu sempre atrelada às maiores inteligências de sua época, posto que o astrólogo antigo tinha que ser um bom calculista (basicamente trigonometria esférica, coisa que assusta até hoje) e um bom observador dos céus. Somente agora, neste final de século 20, é que se pode dispor de um software para fazer instantaneamente cálculos que demandavam dias de trabalho e liberar gráficos de alta resolução, para serem impressos em segundos por poderosas impressoras a cor. Evidentemente isso provocou uma gigantesca revolução na Astrologia contemporânea.

    Sempre encontramos brilhantes cientistas, conhecidos hoje como astrônomos ou físicos, ligados ao mesmo tempo à Astrologia. É o caso de Tycho Brahe, Copérnico, Kepler, Newton e Galileu. Todos eles, sem exceção, foram também astrólogos profissionais. Galileu, por exemplo, cobrava 70 liras-ouro por um mapa astrológico, como demonstra Favaro em seu livro "Galileu Astrólogo", o equivalente hoje a 110 dólares! Esses homens, celebrados pela ciência atual como grandes gênios da humanidade, não podem, ao mesmo tempo, ser por ela considerados estúpidos por seu envolvimento com a Astrologia.

    Sir Isaac Newton foi considerado o grande reformulador da física no seu tempo. Descobriu a Lei da Gravitação Universal e fez grandes estudos de ótica, entre outros feitos. Mas sua fonte principal de renda eram os mapas astrológicos. Há uma passagem muito interessante, um diálogo de Newton com seu colega e grande amigo Halley (que determinou o período orbital do cometa que recebeu seu nome), que ilustra divertidamente o que é ‘preconceito científico’: na Academia de Ciências, em Londres, antes do início de mais uma reunião, Newton ocupava-se calculando e desenhando um mapa astrológico. Halley, com bom humor, comentou:

      "Não entendo, Sir Newton, como o senhor, sendo o mais brilhante entre nós, se dedica a essa coisa de Astrologia."

      "Eu estudei Astrologia, Sir Halley. O senhor, não", foi a lacônica e também bem humorada resposta de Newton, que sequer levantou os olhos de seu trabalho.

    Contudo, em 1666, Colbert, ministro de Luiz XIII, excluiu a Astrologia de seu ambiente mais nobre, a Sorbonne. Progressivamente a Astrologia passou a ser desalojada das universidades, em parte por ser considerada uma ciência sem sentido, após a demonstração do triunfo da teoria heliocêntrica de Copérnico. Kepler e Galileu, ambos astrólogos, lutaram pela triunfo dessa teoria, sem que vissem nisso qualquer problema para a Astrologia, em que pese o fato de os mapas astrológicos serem computados a partir da superfície da Terra, isto é geocentricamente, como fazemos até hoje.

    O fato é que, banida e perseguida, a Astrologia se ocultou, se escondeu, tornando-se uma Ciência Oculta - para usar o sentido mundano do adjetivo. O ruim foi que, afastada de seu ambiente intelectual mais favorável, deixou de ter inteligências e verbas acadêmicas para evoluir. Sua pesquisa estagnou, enquanto as de Astronomia, Física, Química, Medicina e tantas outras prosperaram. Fora do rigor do mundo acadêmico, mantida a caro custo por alguns poucos luminares da inteligência humana, a Astrologia foi resvalando para as mãos menos escrupulosas de indivíduos sem o imprescindível preparo técnico e ético. Virou coisa de charlatão, já que qualquer um podia, agora, arvorar-se em astrólogo.

    Homens que não sabiam fazer os complexos cálculos trigonométricos apresentavam-se como adivinhos, intérpretes dos astros, alimentando toda uma série de crendices - as mesmas crendices que mantêm, até hoje, o sucesso das revistas populares de "astrologia" nas bancas e as lamentáveis colunas diárias de ‘horóscopo’ nos jornais. O século XIX, em sua parte final, assistiu ao ressurgir da Astrologia como ciência séria, nas mão de poucos homens e mulheres na Europa. No início do século XX uma mulher notável, Evangeline Adams, teve um papel fundamental para o ressurgimento da Astrologia séria na América do Norte.

    Astróloga profissional, foi presa, aos 49 anos, acusada de adivinhar o futuro, algo proibido pela lei norte-americana. Poderia optar por pagar uma multa ou correr o risco de um julgamento. Escolheu corajosamente a segunda hipótese. Fez sua própria defesa em juízo, propondo fazer e interpretar o mapa de qualquer pessoa anonimamente indicada pelo juiz. Este concordou e lhe forneceu os dados natais de um desconhecido (para ou outros, mas filho do próprio juiz). Ali, na sala de audiências, Evangeline calculou, desenhou e interpretou o mapa do desconhecido, por duas longas horas. O resultado foi lapidar para a Astrologia. A astróloga foi absolvida, o caso gerou jurisprudência e o juiz mandou lavrar em seus ‘considerando’: "O demandado elevou a Astrologia à dignidade de uma ciência exata".

    Sempre o foi, a Astrologia sempre teve essa dignidade, em que pese a mácula que seu nome recebeu pelo acúmulo dos maus praticantes, astrólogos "soi-disant". E agora, ao fechar deste século XX, assistimos a um progressivo deslanche dos projetos de ensino superior de Astrologia, como as Faculdades de Astrologia de Londres ou de Seatlle, USA, para citar só dois exemplos. Com a democratização progressiva da informação, através desse prodígio chamado Internet, estão surgindo as iniciativas de ‘Astrology College On-line’, em vários países. Inclusive no Brasil, onde o movimento iniciado em 1989, em São Paulo, para a constituição do primeiro curso superior de Astrologia no Brasil - o Instituto Delphos - acabou desembocando na construção de uma escola internacional por Internet, localizada no site Delphos Astrology.

    Esse movimento tem uma excelente perspectiva como resultado: a desmistificação da Astrologia. No amplo sentido da palavra: acabar com a mistificação. A mistificação dos "horóscopos" diários da mídia, dos serviços 0900, dos pseudo-astrólogos que iludem ou se aproveitam da boa fé de seus clientes. E também, por outro lado, despir a roupagem de misticismo com que a Astrologia tem sido revestida. As pessoas podem ser místicas ou agnósticas, têm esse sagrado direito e devem ser respeitadas porque são místicas ou porque não são. O fato de as pessoas místicas gostarem mais facilmente da Astrologia é bem compreensível, pois, sem dúvida é possível associar o simbolismo da Astrologia com coisas espirituais. Tanto quanto é possível associar os mesmos símbolos da Astrologia com dados de fenômenos meteorológicos, sismológicos ou com as oscilações dos preços das ações e das commodities no mercado futuro.

    Ou seja, a Astrologia em si não é mística ou não mística. Na verdade, ela é uma linguagem básica, tanto quanto o é a Matemática. Um polinômio do 3º grau é impessoal. E inútil, enquanto não puder ser associado a alguma necessidade humana básica, seja na resolução de um problema técnico de engenharia, seja simplesmente para servir de tema a uma aula de Matemática de nível médio. Da mesma forma acontece com um mapa astrológico, que por si só é também impessoal; e igualmente inútil, enquanto não for associado a alguma necessidade humana básica, como descrever uma relação entre pessoas ou ajudar a prever uma situação particular em uma empresa.

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