voltar

    Ninho de Negócios

Faça como os americanos e descubra o potencial das incubadoras.

    Existem, hoje, em funcionamento 42 incubadoras de empresas em todo o País, mas, nos Estados Unidos, funcionam mais de mil. Qual o motivo dessa enorme diferença? À parte a defasagem das duas economias, é importante destacar a diferença de enfoque. Aqui, o espírito paternalista prevalece, colocando esses programas de proteção das empresas nascentes sob um único guarda-chuva – fornecido pela parceria entre governo, universidades e entidades empresariais. Enquanto isso, na América, floresce uma próspera indústria que explora esse nicho de mercado das mais diversas maneiras.

    É claro que lá, 44% das incubadoras ainda são organizações sem fins lucrativos, que dependem de verbas de fundações institucionais, de agências federais, como a Small Business Administration e centros de desenvolvimento empresarial de governos locais, enquanto 14% são vinculadas a universidades e se concentram em pesquisa para desenvolvimento de novas tecnologias. Mas 19% já diversificaram as suas fontes de patrocínio, dependendo de diversas contribuições menores dos setores público e privado, e 14% são organizações privadas associadas a grandes corporações ou operando com fins lucrativos.



Rustam Lalkaka: crescimento explosivo das empresas incubadas



Cinco mil microempresas já saíram das incubadoras no Estados Unidos.

      É essa diversidade que dá dinamismo ao setor. "Nos Estados Unidos, a cada semana, surge uma nova incubadora de micro e pequenas empresas", diz Dinah

Setores em que Atuam as Incubadoras
.
Empresas
% do Total
Serviços
368
36,0
Manufatura Artesanal
204
20,0
Tecnologia
162
15,9
Pesquisa e Desenvolvimento
109
10,7
Atacado e Distribuição
80
7,8
Outros
37
3,6
Organizações Sem Fins Lucrativos
27
2,6
Construção Civil
20
2,0
Varejo
10
1,0
Indústria Pesada
5
0,5
Total
1.022
100,0

    Fonte: NBIA State of the Business Incubation Industry Survey, Novembro/95

    Adkins, da direção da National Business Incubation Association – a federação das entidades que se dedicam a essa pequena grande "invenção norte-americana" de fomento à livre iniciativa. A associação, formada em 1985, registra mais de mil programas de "gestação" de micro e pequenas empresas. Isso representa um crescimento acelerado em cinco anos: em 1990, havia apenas 385 "business incubators" em toda a América.

O sucesso dessas entidades de sustentação de novas empresas é surpreendente: mais de 80% das microempresas lançadas dentro de incubadoras sobrevivem e instalam-se na praça em cerca de dois anos e meio. Em 1996, são cerca de 5 mil microempresas lançadas, que continuam atuando por conta própria. Por trás desse sucesso, está a capacidade das incubadoras para desenvolver empreendimentos que "acrescentem valor ao produto", oferecendo melhor preço ou serviço, segundo a administração do Batavia Industrial Center, de Nova York. Nas "incubators" de bairros pobres, isso exige "chocar" empresas que produzam localmente, mas que tenham pelo menos 50% do seu mercado fora da região, trazendo capital para dentro da comunidade.

    "As incubadoras de pequenos negócios vêm melhorando dramaticamente as perspectivas de sobrevivência de companhias principiantes, criadas em bairros pobres e cidades menores", destaca Bradford McKee, da U.S. Chamber of Commerce. De modo geral, essas entidades oferecem instalações e programas de assistência que, segundo McKee, "revitalizam a vida econômica das comunidades, facilitam a transferência tecnológica e criam empregos".

Em San Francisco, por exemplo, o S. F. Renaissance Entrepreneurship Center conta com apoio da Pacific Gas & Energy (PG&E) que, sendo a grande abastecedora de gás e luz elétrica da região, criou "ninhos" específicos para projetos de proteção ambiental e de aumento da eficiência energética de empresas, máquinas e equipamentos. A maioria das incubadoras abrigam projetos de microempresas no setor de serviços, de manufatura artesanal e de montagem de produtos, além dos projetos especiais de inovação tecnológica.

Variedade de idéias convive no mesmo espaço
Esses programas quase sempre são abertos para qualquer interessado que tenha um produto visível à venda e conheça seu mercado. Nos últimos anos, a NBIA vem registrando o crescimento das incubadoras voltadas para um segmento minoritário da população, como o First American Center for Entrepreneurship, criado na região de Mesa para formar empresários nos territórios indígenas americanos. Entre as minorias, os programas de incubação que mais crescem são voltados para as mulheres de negócio, como “Preparing for Profit”, criado para “mulheres de minoria étnica donas de pequenas empresas”, com apoio da Metropolitan Transport Authority, de Nova York.

    As facilidades ou serviços básicos oferecidos pelas incubadoras envolve assistência técnica e financeira em todos os aspectos da atividade empresarial: planejamento, marketing, administração, contabilidade, design de produtos, assistência técnica e jurídica, além de espaço: uma mesa com computador, fax e telefone, arquivo e acesso permanente aos conselhos de algum especialista que esteja acompanhando o parto do seu empreendimento.

    ...
    Continua

.
Publicado na Revista Sala do Empresário - Edição nº 12
TOP
..
Clique Aqui!
.
PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTAS ENTREVISTAS, bem como a reprodução de apostilas a partir desta obra, de qualquer forma e por qualquer meio ou processo eletrônico, mecânico, gráfico, fotográfico, microfílmico, reprográfico, xerográfico, de fotocópia, de gravação, videográficos sem a permissão escrita e, quando permitida, desde que citada a fonte.
Vedada a memorização e/ou recuperação total ou parcial, bem como a inclusão de qualquer parte da obra em qualquer sistema de processamento de dados.
A violação dos Direitos Autorais é punível como crime. Lei nº 6.895 de 17.12.1980 (Cód. Penal) Art. 184 e parágrafos 185 e 186; Lei nº 5.998 de 14.12.1973
.


Todos os Direitos Reservados.