Empresa pretende implantar o plano de saúde para seus funcionários. É permitido desconto em folha de pagamento?

A concessão de assistência médica aos empregados é feita por liberalidade do empregador ou por cláusula inserida em documento coletivo, visto não existir lei que obrigue esta concessão. Assim o desconto em folha de pagamento ficará a critério do empregador caso não haja cláusula expressa no documento coletivo, bem como a inclusão de dependentes.

Lembramos que não integram a remuneração do empregado para fins trabalhistas, como por exemplo, cálculo de férias, repouso semanal remunerado, horas extras, aviso prévio etc; a assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde.

Conforme dispõe o art. 214, § 9º, XVI, do RPS - Dec. nº 3.048/99, não integra o salário-de-contribuição o valor relativo à assistência médica prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa ou com ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, despesas médico-hospitalares e outras similares, desde que a cobertura abranja a totalidade dos empregados e dirigentes da empresa. O mesmo se aplica, nos termos do § 6º do art. 15 da Lei nº 8.036/90, para efeito de incidência do FGTS.

Assim, ainda que a empresa, com o prévio e expresso consentimento do empregado, efetue o desconto nos salários de parte do valor da assistência médica oferecida, o valor suportado pela empresa não integrará o salário do trabalhador para nenhum efeito, desde que o benefício seja extensivo a todos empregados e dirigentes.

Da mesma forma, se a empresa estender o benefício a todos (empregados e dirigentes), ainda que alguns trabalhadores não queiram aderir ao plano, tal fato não descaracterizará a não incidência.

FONTE: Consultoria CENOFISCO