INVERSÃO
"Trabalhamos desde 1986 com balcões para ações promocionais de apresentação, degustação e lançamentos de novos produtos. Até então, só havia no mercado nacional peças fabricadas em madeira, que causam problemas sérios de logística para as empresas. Trouxemos, então, dos Estados Unidos, a tecnologia para fabricar balcões de polipropileno e poliestireno, mais leves e de fácil transporte e manuseio. Ou seja, invertemos a idéia de que eram necessárias seis pessoas e um caminhão para levar dez balcões. Em um simples Gol, um promotor apenas pode acomodar esse mesmo material e fazer a demonstração em uma determinada região. O kit vem todo desmontado em uma bolsa que pesa 11 quilos e suporta um peso oito vezes maior. Começamos com um modelo, sendo que hoje já temos seis opções diferentes para atender os vários segmentos de mercado, além da indústria alimentícia, que acabaram aderindo a essa estratégia de marketing pela facilidade proporcionada por essa estrutura de pontos de venda móveis que permitem a reutilização em diversos locais de um dia para o outro, quando necessário."

RETORNO
"Produzimos também um rack para suporte de pontos de venda para atingir também o varejo e as lojas de conveniência, pois, à medida que as grandes redes distribuidoras começaram a crescer no Brasil, temos a chamada demonstração linear, ou seja, todos os produtos expostos da mesma forma em uma gôndola. Por isso, a grande sensação hoje está em partir para o comércio varejista de pequeno porte. Parece incrível, mas saímos das mercearias para os shoppings e agora estamos fazendo o caminho de volta. Nosso grande diferencial hoje, em relação à concorrência, está no birô interno que produz as imagens e as logomarcas dos clientes para os displays, sem a necessidade de terceirizar esse serviço, como fazíamos há dois anos. Isso permite uma agilidade muito grande de trabalho com a Internet, pois o cliente pode mandar a imagem digitalizada de qualquer lugar do País. Procuramos investir em equipamentos e softwares de ponta para nos mantermos atualizados, embora estejamos cientes de que existe uma fatia em torno de 30% do mercado de balcões nas mãos de fabricantes artesanais."

VERÃO EM ALTA
"Vendemos uma média mensal de 450 balcões. Nos últimos treze anos, os meses de dezembro, janeiro e fevereiro apresentaram baixa produtividade por causa do verão, mas esse quadro se modificou de forma significativa no ano passado sem que pudéssemos justificar. Estávamo-nos preparando para as férias coletivas, quando os pedidos começaram a chegar de forma constante. Felizmente, registramos uma inadimplência inexpressiva em comparação ao montante de vendas. Consultamos a Serasa e, além disso, como estamos no mercado há catorze anos, já vivenciamos experiências suficientes para saber quem tem potencial para comprar a quantidade de peças pedidas. O principal problema que enfrentamos atualmente, como a maioria das empresas, ainda está na elevada carga tributária que inviabiliza 80% do crescimento planejado e direcionado das pequenas e médias organizações. Essa é a grande peste do século para os empreendedores brasileiros."