O Risco da Segurança
Um homem prevenido vale por dois é um ditado popular que nunca esteve tão atual como agora, que o mercado de seguros vive uma onda de crescimento com fusões e aquisições gigantescas, sem falar na oferta cada vez maior desses serviços pela Internet. O importante, porém, é saber aplicar bem os recursos nessa área, visando transformar essas despesas em uma estratégia empresarial bem-sucedida. Quem informa melhor sobre o assunto é César Bertacini, presidente da Planus Corretora de Seguros (www.planusbr.com). Em depoimento exclusivo, ele fala da modernização do setor e dos cuidados a serem tomados na hora de contratar empresas e corretores de seguro, com a experiência de quem conhece e atua nesse ramo há 22 anos.
ESPECIALIZAÇÃO
"Nos últimos três anos, o mercado de seguradoras vem sofrendo muitas modificações em termos técnicos e operacionais, tendo em vista a adequação à Internet e aos processos de fusão e aquisição entre organizações. As empresas desse segmento buscam hoje especializar-se em ramos específicos de seguros, porque, como em qualquer outro negócio, quem não tiver um foco para trabalhar está condenado. Independentemente do seu porte e da sua atividade, uma empresa precisa de uma série de seguros, desde o seguro patrimonial, que pode abranger sua frota de veículos, passando pelo seguro das instalações, pelo seguro de responsabilidade civil, pelo seguro de lucro cessante, até os seguros de benefícios dos funcionários, incluindo seguro de vida, de saúde, assistência odontológica e previdência privada, bastante procurado atualmente, em razão do descrédito cada vez maior no INSS e da preocupação com o futuro da aposentadoria. No caso de utilização de matéria-prima procedente do exterior, é necessário também o seguro de importação, que garante a mercadoria desde a saída do país de origem até a chegada ao armazém da empresa importadora."
CÚMPLICE
"Hoje em dia é fundamental segurar tudo em uma empresa, e, para fazer isso da melhor forma possível, é preciso contar com a assessoria de um profissional do ramo, devidamente habilitado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), e de preferência com uma estrutura física capaz de garantir um bom atendimento nas áreas técnica, comercial e financeira. É responsabilidade do corretor a elaboração de todo o projeto de seguro para cada empresa, levando em consideração caso por caso, de acordo com o tipo de atividade, o produto e os riscos verificados. A grande vantagem de ter esse especialista está na relação de parceria e de cumplicidade que pode ser estabelecida pelo fato de ele trabalhar de forma independente, sem estar diretamente ligado a uma seguradora, podendo fazer relatórios de controle e dar sugestões de maneira periódica. Grosso modo, não interessa quem é a seguradora, pois os corretores vão estar encarregados de resolver todos os problemas dos seus clientes, e, mais ainda, algo que poucos têm a coragem de dizer ou de divulgar, são eles os responsáveis pelas empresas que indicam, segundo o Código Civil Brasileiro. Junto com a proposta de trabalho fornecida pelo corretor, deve constar também que existe uma apólice de responsabilidade civil, incluindo o número, para que o futuro segurado possa consultar e, dessa forma, moralizar esse mercado que está complicado atualmente."
MERCADO PARA TODOS
"As perspectivas de crescimento para o mercado de seguros são muito boas, todos estão otimistas e investindo muito em tecnologia. O seguro está tornando-se um bom negócio por aqui, e prova disso está na chegada ao País das grandes corporações internacionais do setor, que são seguradoras monstruosas. Para dar uma idéia do quanto esse segmento pode ser explorado, temos ainda 75% da frota de veículos para ser segurada e cerca de 70% das empresas para fazer seguro patrimonial. É por essa razão que seguros desse tipo no Brasil ainda são caros em comparação aos Estados Unidos, por exemplo. Como o volume de negócios é pequeno e o índice de ocorrências é alto, os poucos segurados têm que arcar com custos elevados. Com a pulverização e com a maior conscientização da prevenção que está ocorrendo, a tendência será a diluição desses valores em taxas cada vez menores."
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