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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 436 (13/08/2000)

Despachando Divisas

Com os esforços crescentes para aumentar as exportações brasileiras por parte do governo e de entidades de classe, a figura do despachante aduaneiro deixa de ser um mero coadjuvante facultativo nas transações internacionais para se tornar um elemento-chave na otimização da relação custo x benefício para as empresas. Em depoimento exclusivo, Valdir Santos, presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo, Campinas e Guarulhos (Sindasp/CG) -www.sindaspcg.org.br, fala sobre a tendência cada vez mais acentuada da terceirização desses serviços e dos requisitos necessários à formação de um profissional competente nessa área.

OPERADOR LOGÍSTICO
"Nos últimos três anos, nós conseguimos mostrar que o despachante aduaneiro é essencial ao comércio exterior, constituindo parte integrante do processo. Aconteceram fatos novos que revolucionaram todo o segmento, fazendo com que passássemos do modelo artesanal para o automatizado. Nós trabalhamos agora com ferramentas de primeiro mundo e contamos com 97% do empresariado, tanto de importação quanto de exportação, segundo pesquisa realizada pelo Datafolha, utilizando os serviços do despachante em vez de manter uma estrutura dentro da empresa com técnicos especializados para esse fim, partindo para a terceirização em razão da complexidade que envolve os intercâmbios comerciais em nível internacional. O despachante aduaneiro atua hoje como uma espécie de consultor que orienta tecnicamente sobre as melhores opções para as atividades de comércio exterior, sempre de acordo com a legislação aduaneira. Ele é um operador logístico integrado, porque detém o conhecimento das áreas de importação, exportação, projetos, regimes aduaneiros, transporte, armazenagem, ou seja, oferece uma gama de operações que podem ser realizadas com os mais diversos mercados mundiais."

EXPORTAÇÃO
"Somos quase 15 mil despachantes aduaneiros em nível nacional, e o Sindasp, além de ter uma estrutura em termos de escritório, fornece todo o suporte para os seus 1,5 mil associados. Para isso, realizamos cursos intensivos, seminários e treinamos, em média, de 1,5 mil a 2 mil profissionais nessa área por ano. Estamos também observando que o crescimento do comércio de exportação já começou a dar o retorno que o próprio governo esperava e o despachante está evoluindo muito nesse sentido. A agilidade com que o despachante deve assimilar as mudanças do comércio exterior em relação aos procedimentos legais, que mudam constantemente, tem que ser muito grande. Acreditamos que no segundo semestre deste ano vai haver uma explosão total das atividades exportadoras, capaz de levar o País a atingir a meta de 100 bilhões até 2005, caso não aconteça algum fato novo que modifique o cenário econômico mundial."

COMPETÊNCIA
"Até pouco tempo atrás, havia uma cultura no Brasil de que o despachante aduaneiro ficava rico do dia para a noite, o que não corresponde à realidade. Ele tem é que ser bom, estar sempre atualizado com as regras do comércio exterior e também contentar-se em ganhar pouco. Para ser um despachante aduaneiro, é preciso ter o segundo grau completo, inscrever-se na Receita Federal e atuar primeiro, durante dois anos, como ajudante de despachante, pois a lei exige isso. Ou seja, trata-se de uma atividade democrática igual às outras em termos de acesso, ao contrário do que muitos pensam, que requer conhecimento técnico adquirido na prática e muito cuidado para não errar no cálculo das alíquotas de impostos, o que pode causar prejuízos altíssimos, com os quais o próprio despachante terá que arcar. Por isso, o custo dos serviços de um despachante hoje, tanto para exportadores quanto para importadores, está muito abaixo dos riscos que ele assume nas atividades de comércio exterior. É muito importante que o empresário faça essa avaliação antes de decidir entre contratar um profissional de fora ou montar essa estrutura dentro da sua empresa, utilizando um funcionário com vínculo empregatício."


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