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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 438 (27/08/2000)

Voando para Crescer

Como o tempo se tornou a variável mais importante no mundo de hoje, o avião passou a ocupar papel de destaque nas relações de comércio exterior e, conseqüentemente, na alavancagem da economia brasileira. Quem destacou a relevância desse meio de transporte para a realidade que estamos vivendo foi o ex-ministro Ozires Silva, atual presidente da Varig S. A., durante o almoço-palestra promovido pela Associação Brasileira dos Executivos de Comércio Exterior (Adede) - Tel.: (11) 259-8479 - www.adede.com.br - realizado em São Paulo, no dia 10 de julho de 2000.

DESNACIONALIZAÇÃO
"Com a revolução que ocorreu nos últimos vinte anos e com o advento das comunicações globais, alguns fenômenos foram extremamente característicos no desenvolvimento dos negócios, do comércio e da posição do vendedor e do comprador. Um deles foi a desnacionalização do consumo. O consumo hoje está praticamente desnacionalizado, e nós temos que capacitar o sistema produtivo para buscar os insumos, as matérias-primas, os equipamentos, os componentes dos nossos produtos em todo o mundo, adquirindo isso dentro das melhores condições de competitividade. Para trazer esses produtos até a porta de nossas fábricas, nós dependemos de um segmento variado e extremamente mais complexo do que era no passado, que é o sistema de transporte. Hoje, fala-se normalmente em logística, fazendo com que as pessoas deixem de encarar o problema de transporte simplesmente como pegar mercadoria num ponto e levar a outro, sem considerar todos os aspectos relativos a esse processo. Dentro dessa logística, em termos de planejamento, o avião desponta, cada vez mais, como um elemento de fundamental importância, por meio da eficiência propulsiva dos seus motores, permitindo tanto o avião misto, que transporta passageiros e cargas, quanto aviões com maior capacidade de transporte único e exclusivo de carga."

E-LOGISTIC
"Estamos projetando para este ano um volume de transporte de cargas que se adapta às condições do avião, ou seja, pequeno volume e baixa densidade de peso que caracterizam, ao mesmo tempo, alto valor agregado. Esperamos algo entre R$ 11 bilhões e 12 bilhões de manipulação de carga, transportada por cerca de 12 mil empresas, que, em sua grande parte, ainda não estão preparadas para o novo desafio da logística moderna e, em particular, da e-logistic, ou seja, da logística eletrônica, que está crescendo intensamente. Nós, da Varig, estamos empenhados em criar um sistema que promova não só a movimentação das cargas com segurança, por intermédio de um monitoramento constante de onde essa carga se encontra em cada lugar, como também a garantia de que ela chegará ao destinatário de forma segura e eficiente dentro do prazo mais curto possível. Para isso, uma nova reorganização da empresa está em curso, e nós devemos criar brevemente uma unidade independente, capaz de focar muito mais na clientela e de prestar melhores serviço. Mas não é aí que se esgota todo o esforço de uma companhia aérea. Ela transporta pessoas e informações, devendo oferecer comunicação com velocidade."

NOVA IMAGEM
"As linhas aéreas podem dar uma resposta extremamente eficaz ao esforço nacional pelo comércio exterior. Normalmente, o diálogo no que diz respeito à importância do comércio exterior tem origem no governo, mas este não é um desafio do governo, e sim um desafio da sociedade brasileira como um todo. É um desafio para cada um de nós. Temos que nos considerar parte integrante do esforço para que possamos expandir o nosso comércio exterior, buscando os meios e os mecanismos para esse fim. Precisamos informar ao mundo que estamos vivos, com o coração batendo e com o sangue quente, que nós somos um país envolvido nas atividades de comércio exterior e não simplesmente um país periférico que fica ao sul do Equador e que não troca energia com o resto do mundo. O comércio exterior brasileiro tem condições de crescer brutalmente, consistindo na resposta fundamental aos problemas que nós temos de desequilíbrio social, de desemprego e de falta de oportunidades. Nós temos que vender um Brasil avançado, tecnologicamente capaz e competente no campo das exportações, vendendo produtos de alto valor agregado."


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