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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 479 (10/06/2001)

Riqueza que se Cultiva

Um país que dispõe de tamanha dimensão territorial como o Brasil não pode cometer o erro de desperdiçar sua vocação natural para o agronegócio. A idéia de progresso deve estar associada, antes de mais nada, à capacidade de aproveitamento mais adequada dos recursos disponíveis, e não a um processo de industrialização desordenado e sem critérios. Não se trata de retomar os tempos de colônia e de exploração que favoreciam apenas as nações mais desenvolvidas da Europa, mas sim de olhar para a agricultura com uma nova visão empreendedora e capaz de fortalecer a economia do País como um importante pilar de sustentação. Defender e consolidar o desenvolvimento desse setor vem sendo o trabalho realizado pela Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp) - www.faespsenar.com.br - há mais de meio século. Em depoimento exclusivo, Fábio de Salles Meirelles, presidente da entidade e também do Conselho do Sebrae/ SP, fala das necessidades e dos desafios das atividades agrárias no Brasil.

LEGITIMIDADE
"A criação da Faesp reporta-se aos idos de 1940, quando se realizaram os primeiros encontros nas propriedades dos líderes dos agricultores pecuaristas das regiões de Mogi-Mirim, Barretos e Franca. A Federação foi reconhecida pelo Ministério da Agricultura em 1946 como órgão de defesa e representação da classe produtora agrícola paulista. O desenvolvimento dos trabalhos na época demonstrava que os anseios das classes produtoras deveriam ultrapassar a conotação do associativismo e ganhar maior legitimidade por meio de uma representatividade sindical. Dentre os objetivos primordiais, destacavam-se a defesa da agropecuária paulista, a promoção do aumento da produção e da produtividade das explorações agrícolas, a implantação de políticas agrícolas, o apoio aos parceiros no trabalho da cultura cafeeira e a alfabetização dos trabalhadores adultos de Franca."

DEFESA
"Para enfrentarmos os desafios da nova realidade da economia mundial, há de se persistir na defesa de alguns pontos tidos como prioritários, onde a presença da Faesp, como representante oficial do setor privado, se faz salutar e importante, atuando em parceria com o governo na elaboração e na implementação das ações. Defendemos a continuidade das reformas estruturais visando a competitividade dos produtos nacionais, a padronização e a classificação de produtos agropecuários, essenciais à modernização da comercialização no mercado interno, com a criação de novos canais, como leilões eletrônicos, além da ampliação da adoção do e-commerce. Em termos de mercado externo, ao lado do controle rigoroso da qualidade, a classificação e a padronização são princípios elementares para o acesso a mercados mais exigentes. Acreditamos que, para melhorar a competitividade, não basta apenas ter uma carga tributária compatível, sendo necessário também investir no desenvolvimento tecnológico, tendo em vista a infra-estrutura de transporte, armazenagem e distribuição para a redução dos custos logísticos e de comercialização."

FORMAÇÃO
"Não são mais possíveis o pensamento de curto prazo e a elaboração de políticas que visem objetivos imediatos. É preciso integrar as diversas áreas de atuação das políticas públicas e adotar medidas de salvaguardas dos setores nacionais mais frágeis à abertura comercial. Ainda se faz necessária a maior participação do setor privado junto do governo para o sucesso das negociações internacionais. Essa atuação deve estar presente também na elaboração, na implementação e na condução das políticas voltadas aos diferentes setores da nossa economia. Nesse sentido, a Faesp demonstra a sua força representativa, participando de diversos conselhos consultivos e câmaras setoriais, entre outros. Atualmente, a participação da Faesp totaliza 96 representações nas três esferas governamentais. No entanto, ações específicas que busquem melhorar a formação do trabalhador e do produtor rural são igualmente imprescindíveis e devem configurar-se em políticas que vão da educação básica à qualificação profissional, fazendo com que o pequeno e o grande produtor ingresse cada vez mais no mundo do agronegócio."


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