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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 482 (01/07/2001)

Lucro também é Cultura

Além de gerar renda e empregos, as empresas brasileiras podem e devem contribuir para melhorar as condições sócioculturais do País sem precisar gastar mais por isso. Basta aproveitar a lei de incentivo à cultura, que permite aos empresários que pagam impostos sobre o lucro real a dedução de 4% para investimentos em projetos que vão funcionar como referencial histórico de uma época. Quem explica a melhor forma de procedimento para fazer bom uso desse benefício é Valeria Zorgno Vorländer, delegada do Ministério da Cultura (Minc)Tel.: (11) 5539-6304 - e-mail: [email protected]. Em depoimento exclusivo, ela ressalta a importância dessa colaboração do setor empresarial na luta por uma sociedade mais justa, destacando ainda como essa contribuição pode reverter no fortalecimento externo e interno das próprias organizações.

REDISTRIBUIÇÃO
"As empresas que pagam um imposto tributado sobre o lucro real têm por direito 4% desse valor no bolso para investir em projetos aprovados pelo Ministério da Cultura. Portanto, os empresários podem usar esse dinheiro para incentivar projetos que trarão muitos benefícios tanto à comunidade quanto à imagem corporativa da organização. Esse dinheiro é uma renúncia fiscal que sai do governo para que os empreendedores possam promover uma distribuição de renda mais justa, aplicando no social. Para divulgar como isso pode ser feito, estamos incluindo em nossa programação de 2001 alguns fóruns de cultura com o objetivo de unir as agências de publicidade, os consultores, os departamentos financeiros, que são os que menos conhecem as leis de incentivo, e a imprensa, que ainda realiza uma cobertura muito frágil sobre o assunto. Pretendemos também fazer uma campanha ampla da cultura pela cidadania, independentemente de egos e vaidades, visando unir todo mundo em torno de uma idéia, de um futuro mais digno, pois, sem o terceiro setor e a empresa privada, vai ser difícil resgatar a nossa dignidade enquanto povo e país."

ENDOMARKETING
"Estamos fazendo uma releitura da Lei Ruoanet, que passou por uma fase ruim nos últimos anos, mas já está melhorando. Aliar cultura ao social é o ideal para conseguir gerar renda, empregos, aquecimento da economia, educação, capacitação e auto-estima de grupos carentes. Isso significa que é possível promover uma mudança na sociedade, principalmente se levarmos em consideração que são utilizados menos de 1% dos recursos potenciais. Segundo dados da Receita Federal, existem no Brasil 235 mil empresas, sendo que somente 1.340 delas investiram em cultura no ano passado. O empresário que tem a sua fábrica em uma determinada região pode reinvestir parte do seu lucro no desenvolvimento do lugar em que atua. Como forma de endomarketing, é fantástico, além de ele poder criar cursos para os funcionários, institutos, fundações, quer dizer, existem numerosas possibilidades de trabalhar com esse dinheiro, que beneficia cinco segmentos culturais contemplados pela lei: música instrumental, artes cênicas, doações de acervos para bibliotecas e museus, circulação de exposições de artes plásticas e livros de valores humanístico, artístico e literário."

INDICAÇÃO
"O investimento em projetos culturais compensa tanto pelo lado humanitário e incentivador quanto pela dedução do imposto e deve ser considerado uma das maiores estratégias empresariais nos dias de hoje. Vivemos na era da marca do afeto, ou seja, o estágio privilegiado em que em uma marca deixa de pertencer a uma empresa para ser adotada por seus consumidores. Os projetos aprovados pelo Minc, o que significa que passaram pelo nosso crivo, são públicos e podem ser acessados pelo site: www.minc.gov.br. Como as pequenas empresas, tributadas pelo lucro presumido, ainda não são beneficiadas pela lei de incentivo, a contribuição pode ser feita pela pessoa física em até 6% do seu Imposto de Renda, desde que ela faça uma declaração completa. Comunidades e associações de qualquer natureza que tenham interesses em comum podem unir-se nesse sentido e juntar aquele pouco que cada um tem a oferecer. Trata-se apenas de uma questão de articulação, porque é algo absolutamente possível e viável."


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