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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 489 (19/08/2001)

O Novo Dono do Negócio

Se o executivo fizer parte do mundo empresarial ao qual está conectado, atualizando-se de forma constante, será uma solução para o empresário. Caso contrário, se ele não estiver em dia com tudo aquilo que se apresentar disponível no mercado, seja por meio dos esforços das entidades em aproximar seus associados, seja por meio da Internet e dos veículos impressos, certamente vai funcionar como uma ferramenta do concorrente. Quem observa a importância cada vez maior da participação desses profissionais nos momentos decisivos para a sobrevivência e para o crescimento das organizações é Roberto Brizola, presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) - Tel.: (11) 255-1477 - e-mail: [email protected]. Em depoimento exclusivo, ele fala do compromisso da instituição, que já congrega cerca de 1.100 associados, em promover relacionamentos, além de mostrar a importância dessa filiação para o contato permanente com quem responde, do ponto de vista estratégico, pela boa performance das empresas nas mais diversas áreas de atuação.

ACERTO IMEDIATO
"Vai longe o tempo em que se aprendia com os erros e com as experiências do passado. Hoje, só existe uma condição, que é aprender a acertar na primeira vez e, para isso, é preciso fazer parte do mundo. Sem dúvida alguma, existe o requisito do aperfeiçoamento profissional no que diz respeito a universidades, cursos de pós-graduação e leituras, mas só isso não é suficiente. O que funciona atualmente é o network diário, ou seja, o relacionamento com pessoas que possam trocar estratégias que levaram ou impediram o sucesso da empresa. Esse é o foco, o caminho das pedras capaz de traçar uma ponte para o futuro. Temos vários locais em que podemos colocar o network em prática, como nos eventos promovidos pelas entidades sérias que promovam o encontro entre seus membros, dando a eles a chance de manter um contato informal com dirigentes empresariais aos quais seria difícil ter acesso. Participar de uma associação de classe não pode mais ser encarado como um ato de benevolência, uma vez que ninguém está doando nada, e sim, trocando oportunidades de conhecimento entre homens que resolvem."

CONCORRENTES
"Hoje, se o empresário não for um executivo, ele deixou de ser competitivo e vai deixar de ser empresário a curto prazo. Dessa mesma forma, também o executivo não tem mais um lugar assegurado, porque o dono da empresa virou um concorrente dele, o que o obriga a estar sempre convencendo o empresário da sua necessidade. Houve uma época em que as pessoas diziam que o maior concorrente delas eram elas mesmas. Esse pensamento é inconcebível no mundo dos negócios, porque, se existir algum concorrente interno, é melhor fechar e começar de novo, é a falência do sistema, o que é pior do que espionagem. Concorrentes só podem ser externos e, atualmente, até já se sentam à mesma mesa em busca de soluções para o segmento. Como o cliente é um só e os fornecedores são vários, é melhor não brigar muito e tentar unir-se. O que mais falta ao empreendedor ou ao executivo brasileiro é esse relacionamento saudável com a concorrência, saber até onde esse contato é necessário para manter a empresa viva."

MISSÃO
"A relação de confiança sempre existiu e trata-se de uma conquista de ambas as partes dentro de uma empresa. O patrão agora virou um parceiro, e o organograma ideal é o matricial e bipolar, que coloca todos no mesmo nível e intercalando-se. Quem vê uma organização tem que vislumbrar uma missão, e não apenas um conjunto de quadradinhos. Às vezes, o executivo de hoje age mais como empresário do que o próprio dono do negócio, porque participa do sucesso e o insucesso pode significar a sua demissão. Quanto ao empresário, ele deve saber primeiro focar no seu negócio e constatar as suas limitações para poder melhorar a performance por meio da contratação de especialistas nas áreas de administração, finanças, marketing, recursos humanos, entre outras. Se ele tentar fazer tudo sozinho, vai ser um péssimo gestor, um multiconhecedor e um especialista em nada."


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