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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 557 (08/12/2002)

O Valor da Transparência

A idéia de uma gestão empresarial voltada para si mesma já faz parte da história da administração. Na atual conjuntura sócio-econômica mundial, uma empresa constitui um organismo vivo que tem seu crescimento e a sua sobrevivência condicionados aos mecanismos de relação com outras organizações e com o ambiente no qual se encontra inserida, numa total atitude de transparência e visibilidade dos interesses comuns a todos, sejam os investidores, sejam os colaboradores, seja a própria comunidade. Esses são os princípios básicos da governança corporativa, um termo ainda pouco usado no Brasil, mas que se vem mostrando como a grande tendência global em termos administrativos. Para Roberto Faldini, empresário e coordenador do núcleo de Empresa Familiar da Fundação Dom Cabral, em São Paulo - [email protected] - Tel.: (11) 3845-4883, ter uma boa governança corporativa significa fazer com que a missão da empresa seja cumprida, atendendo às necessidades do mercado e do meio a que ela pertence. Em depoimento exclusivo, ele explica como a aplicação desse conjunto de procedimentos pode gerar grandes oportunidades de negócio.

DEFINIÇÃO
"O conceito de conselho de administração foi ampliado para o conceito de governança corporativa, que traz embutido o conselho administrativo, mas também leva em consideração vários outros aspectos, como a diretoria executiva, os comitês tributário, de auditoria, de finanças e de recursos humanos. Considera-se, ainda, o conselho fiscal, uma característica que vem sendo questionada cada vez mais no Brasil e no exterior. A partir de 2003, será obrigatória para as empresas norte-americanas a inclusão, dentro do seu conselho de administração, de um comitê específico de auditoria que vai responsabilizar-se pelo relacionamento dos aspectos de auditoria juntamente com o conselho e perante terceiros. Dessa forma, o conceito de governança corporativa demonstra uma abrangência que envolve toda a administração interna e seu relacionamento com o mundo externo à organização. Trata-se de uma prática gerencial que veio para ficar e ser aprimorada no decorrer do tempo, de acordo com a realidade empresarial brasileira inserida no contexto corporativo internacional."

VANTAGENS
"A vantagem que a governança corporativa efetivamente traz está vinculada a um resultado mais efetivo, com uma transparência maior de tudo o que acontece dentro da empresa, e isso se traduz em uma valorização maior também do patrimônio dos investidores e daqueles que, de uma forma ou de outra, vivem em função da organização. Essa transparência permite que se façam novos acordos com outras empresas, alianças estratégicas e joint ventures, possibilitando assim o crescimento e o desenvolvimento empresarial, apesar do ambiente adverso aos negócios no Brasil. Já estamos avançando muito, mas o principal problema é uma questão de mentalidade. Até pouco tempo atrás, estávamos todos acostumados a olhar as nossas organizações para dentro, sem a preocupação com a transparência. As empresas não podem mais viver em função de si mesmas, mas sim em função do meio ambiente em que se encontram para atender da maneira mais adequada as necessidades de melhora da performance."

ASSESSORIA
"Os administradores atuais das empresas de quaisquer portes ou segmentos de atuação devem assessorar-se da melhor forma possível para obter bons resultados. Isso pode ser feito por meio de convites a pessoas externas à organização, que possam compor o conselho administrativo e trazer a sua experiência de fora, com o objetivo de debater com muito mais objetividade e menos emoção os fatores importantes para o planejamento estratégico dos negócios. Especialmente, as empresas que passam ou irão passar por uma sucessão familiar precisam preparar as novas gerações, tendo em vista a condução e o acompanhamento da evolução empresarial. Nesse sentido, o núcleo da empresa familiar da Fundação Dom Cabral vem proporcionando há vários anos programas de preparação desses futuros acionistas, de tal maneira que eles possam saber desde o que perguntar aos membros do conselho de administração que, eventualmente, irão representá-los, até o convívio construtivo com os demais acionistas."


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