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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 609 (07/12/2003)

Brasil para Exportação

Enquanto o mercado interno brasileiro cede cada vez mais às novidades e aos baixos preços dos produtos chineses que invadiram o mundo, as pequenas empresas nacionais estão conquistando espaço no exterior com a marca Brasil. Finalmente, boa parte dos milhares de micro e pequenos empresários que faz a economia girar no País está percebendo que, de forma isolada, não é mais possível manter e proporcionar oportunidades de crescimento aos negócios na era da globalização. A criatividade e a ousadia do setor de confecções, por exemplo, estão destacando-se em nível internacional, graças à união de fabricantes do setor e à intermediação dos consórcios. Em razão dessas iniciativas e do apoio de instituições governamentais, como a Apex e o Sebrae, muitas organizações descobriram a sua vocação exportadora e estão investindo pesado na comercialização com outros países. A SalSweet, associada do consórcio Tropical Spice, é um bom modelo nesse sentido, uma vez que está focando todo o seu potencial de desenvolvimento para exportar moda praia. Em depoimento exclusivo, Júlio César Orfali Junior, diretor comercial – e-mail: [email protected] - Tel.: (11) 3331-3766, revela como a participação do consórcio foi uma estratégia decisiva para redimensionar os rumos da empresa.

DEDICAÇÃO
"A partir do momento em que nós entramos no consórcio com a finalidade de fazer moda praia única e exclusivamente para exportação, decidimos diminuir as atividades destinadas ao mercado interno, no qual sempre atuamos com moda jovem para pronta entrega. Hoje, ainda mantemos cerca de 25% da confecção, mas passamos a trabalhar só sob encomenda. Estamos percebendo que, para trabalhar com o mercado externo, é preciso se dedicar muito o tempo todo. A idéia de exportar era um sonho antigo, pois já havíamos feito tentativas com os Estados Unidos e com Portugal por iniciativa própria. No entanto, como não tínhamos a possibilidade de ir até os clientes, essas transações comerciais ficavam bastante espaçadas e sem continuidade. Não havia um retorno garantido, porque estávamos sempre mais preocupados com o mercado interno. A participação do consórcio foi a concretização de um sonho."

SEM BARREIRAS
"Hoje, é necessário trabalhar com o mercado externo para abrir novos horizontes, nem que seja para aprender a melhorar a qualidade do produto e do atendimento dentro do País. O empresário que se propuser a exportar durante alguns anos, nem que seja como forma de aprendizado, vai ver que a qualidade do seu trabalho aqui dentro será infinitamente melhor. Todas as empresas devem passar por essa experiência. Se existe boa vontade de ambos os lados, não precisa falar o mesmo idioma nem ter a mesma cultura. O consórcio Tropical Spice foi fundado por coreanos e nós fomos a primeira empresa não coreana a entrar como associada. Sentimos que o consórcio seria um facilitador para que pudéssemos ir atrás dos compradores e mostrar os nossos produtos. Como eles têm essa visão promocional, que inclui a participação em feiras, eventos e rodadas de negócios em vários países, fazem o papel de intermediários nos contatos para exportação."

CONCORRÊNCIA
"O empresário que quer entrar no consórcio tem que abrir mão do individualismo, caso contrário, ele vai ficar sozinho e acabará sumindo. A partir do momento que você está dentro de um grupo no qual todos têm a mesma intenção, vai haver concorrência interna, mas isso vai depender da criatividade e da capacidade de cada um administrar e buscar saídas. A concorrência hoje está no consórcio, na esquina, no bairro do lado, na cidade vizinha e no mundo inteiro. Por isso, é melhor se unir com pessoas que estão tendo a mesma idéia para discutir e tentar resolver uma situação rapidamente. O empresário brasileiro precisa aprender a pensar e a solucionar os seus problemas em grupo. Exportar é a solução para muitas empresas, mas também pode ser o fim de muitas delas. Se um pequeno empresário não estiver já com uma mentalidade voltada para isso, não vai salvar o negócio. Sabemos que várias empresas pegam a última reserva, e apostam como se a salvação fosse a exportação e acabam sem nada. O empresário que quer começar a exportar tem que buscar o apoio dos órgãos especializados e estar razoavelmente estruturado para não gastar o último fôlego nisso."


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