O Poder da Transformação
Mais importante do que produzir na economia globalizada é a capacidade de vender produtos a preços competitivos para um mercado consumidor com perfil definido. Para isso, os dirigentes empresariais precisam de informações ágeis e eficientes, que permitam detectar os clientes em potencial e as características dos consumidores que vivem em constante processo de mutação. Em um mundo no qual as transformações fazem parte do cotidiano das pessoas e dos negócios, é preciso estar atento aos movimentos que modificam as relações interpessoais e corporativas para compreendê-las a partir de um contexto dinâmico que leva os empreendedores a evoluir e a competir de forma diferente a cada dia, repensando as estratégias de atuação. Avaliar o quanto essas mudanças vêm alterando o desenvolvimento das empresas é uma das especialidades de Giorgio Nicoli, um fabricante da indústria moveleira que revolucionou o seu segmento nas últimas décadas do século XX e hoje se dedica à administração de estabelecimentos voltados à comercialização de móveis, como o Shopping Casa e Móvel - www.casaemoveloutlet.com.br. Em depoimento exclusivo, ele garante que estar por dentro das transformações sociais e econômicas se tornou o maior diferencial na luta pela sobrevivência e pela conquista do mercado.
NOVA ERA
"A transformação é um processo diário que acontece a todo momento. À medida que observamos o mundo, as pessoas, a economia, os valores, também começamos a mudar os objetivos, muitas vezes até sem perceber. Nós não estamos mais na época da indústria, como na década de 60, quando as indústrias eram muito valorizadas e respeitadas. Hoje vale mais o comerciante e aí está a grande transformação. Não existe mais empresa grande e empresa pequena, existe empresa ágil e empresa lenta. Isso já foi dito várias vezes, mas quando se fala em agilidade, significa usar a informação. É a informação que está mudando o mundo, e muitas pessoas ainda não perceberam em que nível isso está acontecendo em todos os segmentos do mercado. Tudo é informação, e quem tem um negócio antigo tem que aprender a reinventá-lo, tem que colocar técnicas modernas além do jargão, ou seja, questionar, rever, caso contrário outra empresa, criada há pouquíssimo tempo, pode tornar-se mais eficaz."
RECEPITIVIDADE
"O empresário tem que estar atualizado e receptivo às mudanças. Como as pessoas vão ficando mais idosas, ficam mais tradicionais e resistentes ao novo, o que é natural, mas é preciso quebrar paradigmas. A maior transformação que houve no mercado consumidor foram as mulheres. Por terem-se tornado mais independentes e ativas profissionalmente, elas fazem uma diferença incrível, e os institutos de pesquisa ainda não estão preparados para saber qual é a mulher que precisa ser atendida. Nesse caso, conhecer o perfil do mercado consumidor e saber qual é a mulher a que cada produto se destina por meio da informação, consiste no grande diferencial de uma empresa. Estamos na era da informação, e quem manda é quem tem consumidor. Fabricar não é mais o problema, mas sim vender, obter informação sobre o cliente, do que ele quer, do quanto ele pode pagar. Quem determina o preço hoje é o mercado, e essa mudança vai fazer toda a diferença num futuro próximo."
INOVAÇÃO
"Temos sempre que estar atentos às inovações, entendendo que a transformação é algo que se renova como o ar que respiramos. Apesar de o empreendedor brasileiro ter que se preocupar com os problemas estruturais do País, como segurança, burocracia e tributação, eu estou sentindo uma evolução forte, porque quanto mais ele se preocupa, mais evolui e se torna ágil e flexível. Prova disso é que os nossos empresários, principalmente da área financeira, são valorizados no mundo todo, porque vivenciaram a complexidade da inflação. O maior problema do Brasil é que nós não geramos riqueza à altura daquilo que representamos para o mundo. Nós ainda estamos muito voltados para as grandes corporações multinacionais, mesmo sabendo que aqueles que geram a maioria dos postos de trabalho são as pequenas e médias empresas. Por essa razão, temos que resgatar e valorizar cada vez mais a nossa capacidade empreendedora."
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