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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 662 (12/12/2004)

Regionalismo em Alta

Tamanha é a complexidade do mundo dos negócios atualmente que não é mais possível para um órgão administrativo ou para uma entidade de classe tentar abranger e representar os interesses de um estado ou até mesmo de uma cidade como um todo. As diversidades regionais exigem um tratamento diferenciado e atento às necessidades localizadas de determinados segmentos empresariais, especialmente aqueles ligados à indústria brasileira, que têm na tributação elevada um empecilho para o desenvolvimento sustentável. Nesse sentido, promover a integração dos setores produtivos da sociedade por região, visando benefícios comuns, tornou-se a grande saída para o fortalecimento das empresas. Um bom exemplo dessa iniciativa parte do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), que vem investindo no regionalismo para melhorar o atendimento a todos os associados. Em depoimento exclusivo, Wolfgang Anton Lieb, diretor titular do Ciesp da Zona Norte da Capital - e-mail: [email protected] - Tel.: (11) 6283-3957, relata o esforço da instituição para valorizar o potencial regional, por meio de treinamento e capacitação, tendo em vista a busca de novos mercados no Brasil e no exterior.

CENTRO TECNOLÓGICO
"Nós, na Zona Norte, consideramos o Centro das Indústrias como um organismo que vai desenvolver a região partindo do princípio de que as indústrias instaladas terão a oportunidade de se conhecer e de se transformar em fornecedoras umas das outras. Queremos criar mercados nacionais ou estrangeiros para essas empresas, incentivando a exportação mediante treinamento e cursos de como atuar no mercado externo, porque lidamos com pessoas que falam línguas diversas e que pensam diferente, sendo preciso encontrar o melhor caminho para chegar até elas, correndo o mínimo risco possível. Além disso, nós queremos desenvolver profissionalmente os empregados das indústrias, oferecendo cursos práticos para o dia-a-dia, seja na área de informática, seja na área interna de controle de custos e de controle financeiro. Nós recomendamos que os empregados preferencialmente vivam na região, porque temos aqui cerca de 3 milhões de habitantes e mais de 3 mil indústrias e queremos transformar a região Norte em um centro de alta tecnologia para dar oportunidades a jovens inventores de empreender aqui mesmo, e não no mercado internacional."

SOMATÓRIO
"A proposta é que cada unidade do Ciesp procure desenvolver a sua região, porque na soma o todo estará sendo desenvolvido. Tendo isso em vista, nós trocamos idéias em reuniões mensais e, uma vez por ano, cada um leva a experiência dos projetos bem-sucedidos para que os outros aprendam e copiem, porque não precisamos reinventar a roda, mas sim disseminar aquilo que funciona. Pela solução dos detalhes, conseguimos um aproveitamento máximo de toda a nossa potencialidade sem perder a visão do todo. Com relação às pequenas empresas, vamos ajudar os dirigentes a entender um pouco mais o que é uma estrutura de custo e o que é a montagem de uma administração empresarial sem grandes investimentos, para que eles possam dirigir melhor as suas empresas, com aperfeiçoamento profissional. O pior é quando o empreendedor pensa que a empresa está bem e ela não está, pela simples falta de conhecimento."

INOVAÇÃO
"Nós iniciamos neste ano um programa chamado Café da Manhã com Rodada de Negócios. Já realizamos quatro desses encontros em grandes hotéis, durante os quais criamos uma mini feira em que o industrial pode mostrar os seus folhetos e, até mesmo, um novo equipamento aos seus companheiros da região. Não limitamos a participação somente a indústrias, mas também a empresas de serviços e aos não associados. Isso tem trazido um retorno interessante, porque conseguimos reunir em cada um desses eventos cerca de 200 empresários, o que, em termos regionais, já foi uma grande inovação. Para o próximo ano, vamos estudar outras formas de reunião, inclusive por grupos e por setores. Por essa razão, estamos trabalhando no cadastro das nossas 3 mil indústrias para podermos classificá-las por ramo de atividades, com o objetivo de começar a fazer programas específicos para tentar resolver os problemas mais setoriais de cada um."


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