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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 724 (19/02/2006)

Uma Década On-line

Após completar dez anos, a implementação da Internet comercial no Brasil tem muito o que comemorar e também um longo caminho a percorrer para se transformar em uma ferramenta verdadeiramente eficaz para o desenvolvimento das empresas de pequeno porte, que representam não apenas a base da economia nacional, mas, sim, da sociedade como um todo. Apesar de uma pesquisa realizada pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico durante todo o ano de 2005 nas principais capitais do País revelar que a maioria desse segmento empresarial formal já aderiu à tecnologia da informação, a carência de conhecimentos nessa área ainda é grande, o que requer uma política de apoio e de incentivo para a entrada na era digital. Em depoimento exclusivo, Cid Torquato, diretor executivo da entidade - e-mail: [email protected] - Tel: (11) 3237-1102, faz uma retrospectiva do avanço tecnológico em nível nacional, incluindo um breve histórico da Internet e ressaltando os benefícios que esse recurso trouxe ao universo corporativo de maneira geral em termos de gestão operacional e estratégica.

VANGUARDA
"O fenômeno da Internet no Brasil começou como um investimento de grupos tradicionais, como Abril Cultural, Folha de S. Paulo, depois Globo e O Estado de S. Paulo. Por força dessa vanguarda, dessa elite conectada e abastada e desses grupos que investiram muito nisso, a Internet brasileira sempre foi referência internacional. Poucos países em desenvolvimento possuem uma Internet tão nacional, construída com conhecimento, mão-de-obra e tecnologia do porte de qualquer grande nação, e isso também influencia o comércio eletrônico brasileiro, que é eminentemente nacional. Depois é que foram surgindo os investidores estrangeiros. Isso vem crescendo vertiginosamente, ou seja, saltamos do zero, ou do quase zero em 1996, para impactar um universo que gira hoje em torno de 35 milhões de pessoas e vem subindo cada vez mais."

FERRAMENTA TRANSACIONAL
"O crescimento do uso das tecnologias de informação é inexorável, não tem caminho de volta e vai continuar crescendo. A economia brasileira cresceu 2,5% no ano passado, o varejo convencional deve ter crescido em torno de 6%, enquanto o varejo on-line de bens de consumo cresceu 43%. O grande vetor desse crescimento é a Internet em geral, como ferramenta transacional. Já está havendo uma guerra de preços entre as empresas de telefonia para conquistar uma base de usuários para utilização da banda larga, uma vez que 80% de quem compra na Internet usa essa forma de acesso. Nesse aspecto, o crescimento de usuários de banda larga é muito importante para o incremento dos negócios eletrônicos. Os próximos dois anos vão ser realmente especiais com a ampliação dessa base, paralelamente com a digitalização da sociedade em geral e das pequenas e médias empresas. Hoje, calculamos que cerca de 15 mil pequenas empresas já oferecem algum tipo de serviço ou produto on-line e cerca de 300 mil empresas fazem algum tipo de negócio on-line entre elas."

GARGALO
"O grande gargalo hoje para a pequena empresa em termos de tecnologia da informação e negócios eletrônicos é a falta de informação e conhecimento. Todos os meios de comunicação e principalmente os espaços editoriais que de forma sistemática falam de tecnologia estão direcionados para quem já faz uso dela ou para o top do mercado consumidor de tecnologia. Ninguém faz a cartilha básica em termos editoriais. Até agora são ainda insuficientes os esforços institucionais, sejam públicos, sejam associativos, para difundir conhecimento relevante para essa camada de empresários. Ainda custa muito caro para ele aprender, e o empresário da pequena empresa precisa ter um conhecimento estratégico do uso da tecnologia. Ele precisa entender o que está acontecendo para poder contratar um consultor ou quem quer que seja, porque o mercado é eminentemente corporativo. Quem conhece a pequena empresa é o empresário, é ele que tem que avaliar se aquilo que está sendo indicado funciona como solução para a empresa no momento de tomar as decisões estratégicas. Por isso, o nosso desafio é aumentar a difusão de conhecimento para esses empreendedores e fazer com que isso se torne mais acessível para eles."


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