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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 746 (23/07/2006)

Uma Questão de Poder

Com o processo de terceirização nas grandes empresas, muitos executivos e funcionários foram obrigados a abrir uma empresa de prestação de serviço para a organização em que trabalhavam, aumentando o número dos chamados empresários por ocasião. Boa parte dessa massa empreendedora não é capaz de gerar e de estimular uma cultura empresarial criativa dentro e fora dos seus círculos de atuação. No entanto, existem aqueles que nasceram para vislumbrar nichos inovadores de mercado e criar um ambiente ao seu redor favorável ao surgimento de bons negócios e de parcerias. Daniel S. Heise, diretor da Direct Talkwww.directtalk.com.br – soube aproveitar a oportunidade de morar e estudar fora do Brasil e aplicar todos os conhecimentos adquiridos para incentivar o empreendedorismo. Depois de ganhar dinheiro trabalhando em um banco de investimentos ainda muito jovem, ele percebeu que isso não era o suficiente para a realização profissional. Percorreu o mundo em busca do autoconhecimento e voltou disposto a resgatar sua história. Foi quando descobriu o mercado emergente da Internet que estava chegando ao País na época, por meio de um amigo de infância. Em depoimento exclusivo, ele conta como se deu essa trajetória bem-sucedida que enfatiza o deslocamento do poder do universo corporativo para os consumidores.

INCUBADORA
“Quando me reuni com meu amigo, juntamente com um ex-colega de trabalho apaixonado por tecnologia, o negócio tomou uma dinâmica muito rápida. Em menos de um mês tivemos cinco ideias de empresas ligadas às oportunidades que estavam surgindo com a Internet, mas percebemos que o que fazia sentido não era abrir uma empresa, e sim uma incubadora, porque o momento era muito efervescente. Com isso, criamos a Internest (o nest de ninho em inglês) e fizemos um aporte de capital nosso para montar uma estrutura que, por intermédio da incubadora, oferecia estratégias e apoio nas áreas jurídica, administrativa e financeira, para que as ideias de negócio pudessem prosperar. Dois desses projetos mostraram no ano de 2000 que tinham potencial para virar negócios interessantes. Um deles chamava-se Cliente Primeiro.”

PODER
“Ao mesmo tempo que a Internet mudava todo o paradigma de comunicação, de informação e de interação, nós enxergávamos no mercado uma mudança de poder nas relações das empresas com os clientes. Eles estavam recebendo o bastão do poder, e não eram mais as empresas que diziam quando e como iam prestar serviços e atendimento. Os consumidores é que iriam começar a exigir a forma como queriam falar, o horário e tudo mais. Com base nessa constatação, desenvolvemos um software para fazer atendimento via Internet. Rapidamente conseguimos, por meio de contatos, oferecer isso para um dos maiores bancos privados do País, que achou sensacional tornando-se nosso primeiro cliente. Criamos um estatuto social bem profissional, com visão de acionista minoritário, de governança corporativa e um acordo de acionistas legal. Estava ali a fundação de um negócio que podia ser bom e começamos a ir ao mercado para captar recursos com investidores.”

TRIPÉ
“Um desses investidores deu-nos apoio para fundir a nossa empresa com a Direct Talk, que já estava no mercado e fazia um trabalho semelhante ao nosso. Hoje, somos oito sócios cotistas, formando aquilo que chamamos de comitê empreendedor. O fator primordial, em termos de negócios, foi a grande inovação. Além de criarmos um produto novo, que permite às empresas se comunicarem melhor com os seus clientes pela Internet, trouxemos para o mercado o nosso modelo de negócio que quebrou um paradigma de gestão com capital aberto. Trabalhos focados na demanda de investimento que forma o tripé de relacionamento, composto pela tecnologia e fundamentalmente por pessoas e por processos. A empresa que não investir nesse tripé como um todo não se equilibra, pois estamos vivendo na era do relacionamento e o Brasil é um dos melhores países do mundo nesse aspecto. Nossa cultura tem o lado nefasto de matar o empreendedor, mas existe o lado positivo de ser uma cultura de prestação dos serviços e de dedicação ao cliente.”


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