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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 751 (27/08/2006)

Otimismo com Perseverança

Para muitas pessoas que decidem enfrentar os riscos do empreendedorismo, abrir um negócio não passa de uma aventura que termina com os primeiros dos muitos obstáculos a serem vencidos. Desanimar e desistir, nesses casos, costuma ser a única saída encontrada para evitar prejuízos ainda maiores. No entanto, existem aqueles que nasceram para ser empreendedores e, logo cedo, mostram o talento e a disposição necessários para investir na livre iniciativa com sucesso. Acreditando sempre que é possível dar certo, mesmo enfrentando numerosas dificuldades e grandes momentos de crise, esses empresários desafiam o tempo, a própria resistência física e aprendem a renascer das cinzas, quando tudo parece perdido. Ricardo Santís, diretor da Trade System Informáticawww.tradesystem.com.br, é um desses exemplos de valentia e persistência que fazem da atividade empreendedora uma verdadeira missão de vida. Com apenas 19 anos, começou a sua trajetória empresarial no segmento da informática, após trabalhar em uma empresa de consultoria que atuava nessa área. Em depoimento exclusivo, ele revela a emoção de ser empresário de corpo e alma e como faz para equilibrar a rotina com a inovação.

INÍCIO
“O dono da empresa na qual eu trabalhava propôs que focasse na área de informática abrindo o meu próprio negócio. Ele me vendeu a carteira de clientes, cedeu os produtos e abri a minha empresa há exatamente dez anos, na Barra Funda. No princípio, começamos juntos, eu era o analista programador, e a mulher dele entrou também como analista de suporte. Como eu estava no segundo ano da faculdade, meu pai achou que poderia ser complicado, mas falei que era isso que queria, porque acreditava que poderia fazer muito mais do que estava fazendo e seria capaz de tomar conta de algo maior. No começo, não foi nada fácil, porque só tínhamos um cliente e, há dez anos, o mercado de automação ainda era muito pequeno, pois quase nenhuma empresa falava em automação comercial nas lojas e em emitir cupom fiscal por meio de computadores. Trabalhamos muito duro durante o primeiro ano, praticamente sem salário. Depois, eles não quiseram continuar, e assumi o negócio sozinho, com a mudança do escritório para o Tatuapé, próximo da casa dos meus pais.”


DESTINO
“O negócio foi aumentando até que um dia fui procurado pelo dono da GSV Brasil, que me ofereceu uma proposta de venda de equipamentos fiscais. Foi o boom daquele começo de vendas. Deixamos de trabalhar com software e passamos a ser comércio e serviços. Por força do destino, acabamos sendo o maior revendedor nacional dessa empresa. No entanto, passamos por duas dificuldades sérias no quinto e no sexto ano, por causa de um golpe de mercado que nos causou um rombo de cerca de R$ 80 mil. Precisei mandar todos os funcionários embora e voltei a ser pequeno e a trabalhar em uma pequena sala com a minha mulher, que se tornou minha sócia. Nós perseveramos, pagamos todas as dívidas em dois anos e meio e, de lá para cá, fomos evoluindo. Graças ao produto inovador que estamos representando, somos hoje uma empresa com catorze funcionários e com uma possibilidade de crescimento em comparação ao ano passado em torno de 170%.”


SUGESTÃO
“Aprendi tudo na raça, tomando muitos tombos. Erramos para poder acertar, entender de crédito, de administração e de pessoal. Por mais que o Sebrae fale que possui essa capacitação disponível, a oferta desses serviços não condiz com o nosso dia a dia. O dono de uma microempresa não consegue acompanhar o calendário, porque o negócio está centrado nele. O Sebrae poderia ajudar as pequenas empresas de forma mais ativa, com um projeto de assistência dentro do conceito de coaching, com um técnico do lado que vai embora somente quando o empresário estiver apto a andar com as próprias pernas. Ele participa do negócio e vai ter um percentual sobre o faturamento. Se o Sebrae adotasse esse método, muitas empresas iriam passar do segundo e do terceiro ano de vida. Acredito que o importante é não desistir e não tomar decisões sem a certeza do resultado. Nesses casos, é melhor esperar um pouco, mesmo nas situações de emergência.”


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