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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 755 (24/09/2006)

Empreendedorismo na Sala de Aula

O mito de que empreender só se aprende na prática e de que as escolas estão longe das necessidades do mercado, preocupadas apenas em formar executivos para as grandes empresas, está cada vez mais distante das instituições de ensino atuais, especializadas em administração. Isso vale tanto para os alunos da graduação quanto para os profissionais que já estão colocados e sentem a necessidade de aplicar os princípios do empreendedorismo nas corporações em que trabalham. Um bom exemplo dessa mudança de ensino focada no mercado é o IBMEC São Paulo, antigo Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais da década de 70, que se voltou para as atividades educacionais e, em abril de 2004, foi doado ao Instituto Veris, sem fins lucrativos, na capital paulista. Em depoimento exclusivo, Marcos Hashimoto, coordenador do Centro de Empreendedorismo da instituição - e-mail: [email protected] - Tel.: (11) 4504-2300, autor do livro Espírito Empreendedor nas Organizações,  explica que a missão do instituto é fomentar a atividade empreendedora entre professores e alunos por meio de cursos, palestras e parcerias com entidades que também apóiam o desenvolvimento da livre iniciativa no Brasil.

CARACTERÍSTICAS
"O empreendedor é empreendedor em qualquer lugar do mundo, embora na prática algumas características empreendedoras são mais valorizadas, dependendo da natureza da economia e da maturidade do aspecto empreendedor de cada país. Para que possamos caracterizar o espírito empreendedor, ao contrário do que se pensa, não basta simplesmente ter idéias e assumir riscos. Esses elementos certamente estão presentes, mas existem pessoas que têm ótimas idéias, mas não agem para transformá-las em realidade. O bom empreendedor é aquele que pega a idéia que às vezes nem é dele e age de maneira pró-ativa para realizá-la, trazendo resultados que geram benefícios para ele ou para uma comunidade. Isso implica uma série de pressupostos como a capacidade de assumir riscos, mas não como um jogador ou um aventureiro, e sim como uma pessoa que se arrisca mais do que aqueles que estão empregados, que estão trabalhando em ambientes mais estáveis. Por isso, é preciso medir muito bem esses riscos e usar técnicas administrativas para minimizá-los."

DESMISTIFICAÇÃO
"A nossa missão principal para esse primeiro ano é fomentar a cultura empreendedora dentro da instituição entre funcionários, professores e alunos, tanto os da graduação quanto aqueles dos diversos programas de pós-graduação, e até mesmo desmistificar a idéia de que as escolas de administração não formam empreendedores. O meu papel aqui é provar que formam sim, e a idéia é mostrar que vamos trabalhar para formar profissionais que tenham condições de construir os seus próprios negócios, seja da área financeira ou não, tanto é que, antes de o centro de empreendedorismo aparecer, já existia a parceria com a Endeavor para ver como eles poderiam ajudar-nos a fortalecer esse espírito empreendedor. Uma boa forma para medir o nosso sucesso é verificar quantos alunos que saem daqui formados montam os seus próprios negócios. Este seria o maior indicador. Temos casos aqui de alunos que são filhos de empresários, dispostos a preparar-se para assumir os negócios da família."

VISÃO CORPORATIVA
"Um dos nossos maiores objetivos consiste em mostrar às corporações que é importante ter funcionários com atitudes empreendedoras e, a partir dessa constatação, mostrar o que deve mudar nas políticas de RH, nas estruturas de poder, nas dinâmicas internas e no clima organizacional para permitir que esses empreendedores se manifestem e tenham condições de transformar idéias em realidade que vão gerar benefícios para a organização, tornando-a mais competitiva por meio da inovação. Essa é uma linha que apresenta benefícios mais diretos e mais palpáveis do ponto de vista empresarial. Já a outra linha diz respeito ao crescimento do empreendedorismo como sendo algo bom para o desenvolvimento do País. Quando vemos as estatísticas do papel das pequenas e médias empresas no crescimento da economia, percebemos a importância delas como geradoras de oportunidades para todos e como parceiras das grandes organizações."


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