Realização por Conta Própria
Quem ainda acredita que a melhor opção para sentir-se realizado é encontrar uma zona de conforto e de reconhecimento social por meio do status adquirido em uma grande empresa deve repensar seus valores. Apesar de, na maioria dos casos, a tarefa de montar um negócio venha da necessidade iminente de sobrevivência, há quem sonhe em contribuir para um país melhor, com geração de empregos e de engajamento social por meio do empreendedorismo. Nem que para isso seja preciso abandonar uma carreira de engenharia bem-sucedida, na terceira maior fabricante mundial de aviões, para mudar radicalmente de atividade. É o que está acontecendo na vida de Elvis Silva, fundador e diretor da Donna Fitness (www.donnafitness.com.br) uma rede de franquias voltada para o público feminino que teve a sua primeira unidade instalada em São José dos Campos. Em depoimento exclusivo e repleto de empolgação, ele conta como se preparou durante quinze anos para tornar-se empresário e por que decidiuatuar em um segmento tão diferente da sua ocupação profissional, tendo em vista a colaboração para um Brasil com mais oportunidades para todos.
SONHO E PREPARAÇÃO
"Sempre sonhei em ter o meu próprio negócio, mas acreditava que, tendo um curso superior e trabalhando em grandes corporações, além de conseguir o objetivo primário de alavancar o capital necessário, eu iria adquirir também a bagagem suficiente para aplicar conhecimentos estratégicos na minha empresa. Meu ideal era contribuir com o nosso País, gerando emprego, renda e ações sociais, mesmo que fosse necessário abandonar minha carreira de engenheiro. Eu queria, por meio da livre iniciativa, atingir e beneficiar a sociedade de alguma forma. Desde o início, eu já pensava em montar uma franquia, algo que pudesse crescer rapidamente e cuja idéia inicial fosse utilizada por outros empreendedores, que teria ainda um cunho social. Analisando o mercado, vislumbrei várias oportunidades ao longo dos últimos cinco anos até que, finalmente, decidi abrir uma academia de ginástica só para mulheres."
GUERREIRAS SOCIAIS
"Achei muito interessante o público-alvo, formado por mulheres de famílias com renda acima de 10 salários mínimos. O público feminino, em geral, é muito mais preocupado com as questões sociais e consegue engajar-se mais fortemente. Percebi que poderia ter um miniexército de guerreiras sociais daqui a quatro anos, quando tivermos um número acima de cinqüenta academias, com um total aproximado de 10 mil mulheres tomadas por estímulos sociais. Para cada quilo perdido, a academia doa um quilo de alimento para uma instituição beneficente. Nós vamos lançar campanhas voltadas diretamente ao voluntariado para que as futuras alunas que participem de projetos sociais tenham desconto na inscrição e recebam bônus na mensalidade. Também pretendemos introduzir sistemas de premiações que possam gratificar as pessoas que estarão envolvidas nesses projetos. Foi então que eu percebi que era possível reunir todos os meus ideais relacionados ao empreendedorismo por meio desse tipo de atividade."
VIABILIDADE
"Como já existem duas grandes franquias americanas no Brasil, com equipamentos e filosofia importados da matriz, procurei desenvolver algo específico para o nosso mercado. Contratei a Junior Consultoria, da Escola de Educação Física da USP para que eles desenvolvessem todos os exercícios de acordo com o biotipo da mulher brasileira. Além disso, criamos produtos em parceria com fabricantes de equipamentos nacionais. Tudo o que nós utilizamos é fabricado e desenvolvido com tecnologia brasileira. Podemos, assim, oferecer uma franquia com baixo investimento inicial, viabilizando a implantação em mercados ainda inexplorados pelos concorrentes, como as cidades com menos de 100 mil habitantes".
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