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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 815 (18/11/2007)

Uma saga visionária

Por trás da maturidade de todo negócio bem-sucedido existe uma mente empreendedora que, em algum momento da vida, sabe dar o impulso necessário para que outros, seguindo essa trilha de coragem, possam ter a oportunidade de consolidar uma empresa. Foi o que fez o procurador do INSS Domingos Manoel Mincarone, um gaúcho que, nos anos 60, sem lagar o emprego público, decidiu apostar no segmento de transportes com apenas um caminhão. A etapa seguinte foi envolver os filhos mais velhos na empreitada e, graças à sua rede de contatos, garantiu oportunidade de trabalho para toda a frota. Na década de 70, com o boom rodoviário, aceitou o desafio de transportar asfalto para o Amazonas, visando atender uma grande construtora, responsável pelo asfaltamento da rodovia que liga Manaus a Porto Velho. Com o passar dos anos, incentivou a família a tomar à dianteira na direção, auxiliando sempre na descoberta de novos nichos de mercado nos quais a logística bem aplicada faz toda a diferença. Em depoimento exclusivo, Luiz Alberto Mincarone, um dos atuais diretores da DM Transporte e Logística Internacional S/A - www.dminternacional.com, relata com fidelidade de detalhes essa trajetória de conquistas que resultou da união da ousadia do pai e a experiência administrativa dos seus sucessores naturais.

MOMENTOS DECISIVOS
"Meu pai nunca teve capital e sempre investiu no escuro por meio de financiamentos. O trabalho realizado durante seis meses em Manaus deu fôlego para a empresa ultrapassar um dos seus períodos mais críticos. Em 1974, nós conseguimos permissão internacional para transportar com oito caminhões em território argentino. Com isso, tínhamos mais um mercado para atuar, que é para onde a empresa está 100% direcionada hoje. Nosso primeiro momento foi o transporte frigorífico, o segundo foi o asfalto na região Norte do Brasil e o terceiro, logo em seguida, foi ultrapassar as fronteiras do País. Em vez de pegarmos frutas em Uruguaiana, começamos a ir para o sul da Argentina, perto de Bariloche, e trazer a mercadoria diretamente para São Paulo. Passamos a ter um mix de frutas, além de algum transporte de carnes dentro do território nacional, o que nos permitia manter certo fluxo nas entressafras."


MUDANÇA DE FOCO
"Com o afastamento do nosso fundador, fomos montando novas estratégias com o apoio dele. Em 1985, começamos com um pequeno transporte de cargas gerais. Trazíamos maçãs para São Paulo, e um dos exportadores argentinos importava do Brasil o papel-invólucro da fruta com a bandeja usando o nosso transporte. Era uma carga de retorno, mas a empresa que fabricava esse produto tinha bobinas de papel para outras finalidades e nos convidou para trabalhar. Dessa forma, fomos entrando no segmento da carga seca, criando uma rede de clientes. Na década de 90, sentimos que o transporte de frigorífico estava caindo muito, porque a produção nacional no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina estava crescendo. Como havia muita concorrência e já estávamos consolidados no transporte de carga industrial, decidimos abandonar o frigorífico de vez, lembrando que esse tipo de transporte representava 100% das nossas atividades nos anos 70. Em 1997, tínhamos cerca de 40 veículos. Nos últimos dez anos, conseguimos avançar bastante, chegando a 250 caminhões."


DNA EMPREENDEDOR
"Até hoje, o nosso lema, inteligência em movimento, significa usar toda a capacidade de logística para fazer com que a operação seja a mais eficiente possível, dentro no menor prazo de tempo, e com um custo razoável para o cliente, gerando um benefício para ele. Acredito que a chave do sucesso da DM foi ter tido sempre uma inteligência logística muito bem desenvolvida, complementada por uma estrutura organizacional montada com a ajuda de uma consultoria externa que deu origem à criação do conselho de administração da empresa. A nossa característica principal consiste em sermos empreendedores e administradores. Assimilamos do meu pai o lado empreendedor e juntamos a nossa experiência administrativa. Os irmãos mais novos que entraram na empresa trouxeram esse mesmo traço de personalidade, o que nos permite afirmar que isso está presente no DNA da geração atual."


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