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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 831 (09/03/2008)

O resgate da conquista

Durante muitas décadas, a prática do sindicalismo no Brasil esteve ligada à idéia de militância política e de conflito entre as classes trabalhadoras e os dirigentes empresariais, como se cada categoria tivesse que lutar por interesses divergentes. Com a abertura para o regime democrático, as forças sindicais foram perdendo a capacidade representativa, tornando necessária a criação de uma entidade que conseguisse defender os direitos dos empregados a partir de uma visão mais moderna, capaz de resgatar o poder de conquistar vitórias que contemplem a sociedade como um todo. Foi com esse propósito que nasceu a União Geral dos Trabalhadores (UGT) em julho de 2007 - www.ugt.org.br , graças à associação de três centrais sindicais com o intuito de somar esforços para refletir em torno de temas que interferem na vida dos cidadãos envolvidos na produção e na comercialização de produtos, bem como na prestação de serviços, indo muito além da relação entre capital e trabalho. Para presidi-la, foi escolhido Ricardo Patah, militante de movimentos sindicais desde o final dos anos 70 e atual presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo. Em depoimento exclusivo, ele demonstra entusiasmo ao falar dos projetos da entidade, especialmente nas áreas da saúde e da educação, em conjunto com o poder público e com a iniciativa privada.

VANGUARDA
"O movimento sindical brasileiro teve seu ápice no final da década de 70. Naquela oportunidade, ele estava despertando em toda a classe trabalhadora a necessidade de uma luta que pudesse terminar com a ditadura. Muitos trabalhadores foram envolvidos por essa magia do sindicalismo e, de lá para cá, nós temos percebido a fragmentação e o enfraquecimento dos sindicatos, pois não existe mais aquele espírito de conquista. A UGT foi criada justamente para tentar resgatar essa militância de outras formas que façam com que o povo se encante pelas nossas propostas de fazer com que todos os trabalhadores e suas famílias tenham acesso à educação e à saúde, além de condições dignas de sobrevivência. São essas questões do cotidiano que nos inspiraram nesse projeto de vanguarda, que nasce no momento em que a economia está razoavelmente estabilizada, apresentando inclusive sinais de crescimento em vários setores."


DIÁLOGO
"Cada presidente sindical tem sua forma de gerir a cultura da central que comanda, mas depois de muitos debates, percebemos que tínhamos interesses comuns. Superamos as diferenças por meio da argumentação e estamos irmanados em busca de realizações que não fiquem restritas apenas a uma massa crítica. A UGT nasceu para levar a bandeira dos excluídos, criando a primeira oportunidade de um comerciário presidir uma central dessa dimensão, com a participação de mais de quinhentos sindicatos em nível nacional. Nada mais justo, uma vez que 56% do PIB vem dos setores do comércio e da prestação de serviços, que englobam mais de 70% dos trabalhadores brasileiros. Estamos criando também as UGTs estaduais em oito estados, para despertar em todos o interesse por esse novo sindicalismo em sintonia com a sociedade globalizada e com a tecnologia avançada, uma vez que a relação de emprego é completamente diferente do que era há trinta anos."


PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS
"A nossa atuação não pode deixar de passar pelo governo e pelos empresários. Junto com a Fiesp, vamos fazer um encontro para discutir a tributação, tendo em vista a reforma tributária, fiscal e administrativa. Também acreditamos que a participação individual nos lucros e resultados pode levar as empresas a alcançar seus objetivos mais importantes. Por isso, em parceria com a Federação do Comércio, fizemos um seminário para que os dirigentes empresariais possam compreender o valor emblemático desse sistema de gestão. Em 2007, conseguimos efetuar mil acordos, o que ainda é pouco, porque temos 90 mil empresas de comércio só no Estado de São Paulo. Para 2008, a nossa expectativa é chegar a 5 mil, por conta da relação de proximidade com a categoria empresarial e também porque conseguimos colocar em uma convenção coletiva a possibilidade de empresários e trabalhadores, assistidos pelos seus sindicatos, firmarem acordos com essa finalidade."


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