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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 839 (04/05/2008)

Na rota do futuro

Sempre existe tempo para uma empresa surpreender e reverter um cenário negativo do ponto de vista da capacidade de gestão, mesmo com toda a competitividade da economia globalizada, desde que sejam planejadas as articulações estratégicas necessárias entre a empresa, os seus funcionários e o mercado. É o que mostra o jornalista Renato Mendes, diretamente de Portugal para a Sala do Empresário. O encontro entre o atual presidente da TAP - www.flytap.com -, o brasileiro Fernando da Cruz Souza Pinto, engenheiro, piloto e ex-presidente da Varig e a Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal (Aiep), aconteceu no dia 07 de abril, em Lisboa, para divulgar os resultados alcançados em 2007. No encontro foram abordados os principais aspectos da estratégia implementada para tirar a estatal portuguesa do sufoco financeiro e operacional que, no ano de 2000, tinha prejuízos na ordem de 122 milhões de euros, cerca de R$ 335 milhões. O executivo, que tem contrato assinado com a empresa até 2008, informou que está tudo aberto com relação à Privatização da TAP, uma vez que não existe nada definido sobre o tema, que tem sido ventilado no segmento da aviação comercial.

RESULTADOS
"Tivemos um resultado inédito na história da empresa, com 32,8 milhões de euros de lucro. Como todos sabem, a empresa tinha um histórico de prejuízos que, transformados em euros, ficavam entre 120 e 180 milhões. As outras indicações do balanço, que também são importantes, dizem respeito ao resultado operacional, que, no ano passado, foi de 30 milhões, e, em 2007, foi de 79 milhões de euros, mostrando um salto de 163%. Nós transportamos durante esse período 8 milhões de passageiros para vários pontos do mundo. Apesar disso, tivemos pontos críticos no ano passado, como o crescimento da competitividade no nosso mercado. No final de 2007, já tínhamos 22 empresas “low cost” atuando no mercado, servindo 70 destinos a partir de Portugal. Tivemos ainda nos últimos meses do ano um crescimento muito acentuado do preço do petróleo, compensado um pouco pela desvalorização do dólar."


NOVA GOVERNANÇA
"A velocidade das nossas ações iniciais foi pressionada pela saída da Swissair, que cessou suas atividades em 2002. Como não tínhamos fluxo de caixa, precisávamos fazer um trabalho significativo para ser aprovado pela Comissão Européia na área de transportes. Eles tinham que autorizar a nossa estratégia para ter a certeza de que a empresa era recuperável sem a ajuda do governo. Nosso plano estratégico teve início com a centralização dos vôos em Lisboa, o que, até então, não existia. Para isso, nós interligamos e integramos por meio de três ondas de operação, a da manhã, a do meio-dia e a da noite. Dessa forma, tivemos a utilização muito mais eficiente dos pilotos e dos aviões. Com a mesma capacidade instalada, aumentamos a oferta em 20% e também a utilização das aeronaves e reduzimos a estrutura da empresa em 10%. Isso causou um impacto imediato de ganho de eficiência."


RELÓGIO
"Para que isso tudo desse certo, a TAP tinha que funcionar como um relógio que não pode parar. Foi assim que teve início o processo de comunicação. Primeiro com os trabalhadores, mostrando a eles que o plano que tínhamos era para o futuro e, caso não fosse aplicado, a empresa morreria em um ano. Fizemos o mesmo com os sindicatos e passamos a ter reuniões periódicas mensais com todos para explicar o que pretendíamos e dar contas da gestão da empresa. Dessa forma, fizemos com que ambos participassem e tivessem a oportunidade de dizer o que não aceitavam por meio do diálogo. Chegamos a ter reuniões com mil trabalhadores. Fomos também para os meios de comunicação, porque precisávamos passar uma boa imagem para os nossos passageiros. Era necessário ainda que as mensagens internas fossem publicadas externamente para dar credibilidade à organização. Sobre o mercado brasileiro, a relação é gerida por um acordo bilateral. Por essa razão, a cada aumento de freqüência ou destino, precisamos sentar e discutir. Fisicamente não há um limite, e continuamos a analisar outras cidades do Brasil que possam ser atendidas pela TAP, mas para este ano não acreditamos que seja possível crescer mais."


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