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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 843 (01/06/2008)

Modernidade para idosos

Romper com preconceitos já enraizados para introduzir nova mentalidade, de acordo com os padrões sociais mais modernos e visionários de identificação de mercados, consiste na missão empreendedora de quem possui a capacidade de superar qualquer tipo de desafio. Foi o que fez Cristiane D’Andrea, idealizadora e diretora do Hiléa Centro de Vivência e Desenvolvimento para Idosos – www.hilea.com.br. Utilizando a experiência de dezoito anos na área da saúde como administradora hospitalar, com ênfase em projetos voltados para o bem-estar dos pacientes, especialmente crianças, com a implementação do projeto Doutores da Alegria, ela direcionou seus esforços para lançar um conceito inédito de tratamento para idosos no País, baseado ao mesmo tempo na residência, na assistência médica e no entretenimento para garantir mais qualidade de vida às pessoas da terceira idade e aos seus familiares. Para isso, Cristiane viajou por países da Europa e pelos Estados Unidos com o objetivo de formatar um negócio adequado à realidade brasileira que pudesse revolucionar a antiga idéia de asilo, inicialmente por meio da sofisticação arquitetônica e da terapia ocupacional. Com exclusividade e muita paixão por aquilo que faz, ela relata sua trajetória empresarial, além de relevar como pretende expandir por meio da implementação de uma rede de unidades em grandes centros urbanos.

INSIGHT
"A concepção do Hiléa surgiu no ano de 2000, com a observação da falta de atendimento qualificado para a população idosa, quando estudamos e levantamos todas as possibilidades de mudança. Aí entra a parte da intuição, no sentido de perceber, de ouvir muito e de ver o que as pessoas estão falando nas várias linguagens, incluindo aquilo que não é verbalizado. Chega uma hora em que ocorre o insight, e, para mim, foi o momento de eu me desligar do hospital para montar o negócio. A parte do trabalho braçal levou mais de dez meses de pesquisa qualitativa com o público-alvo e de cálculos numéricos, porque a área de envelhecimento era totalmente nova, já que a minha formação é em administração de empresas e o meu papel sempre foi promover as melhores condições para que os profissionais do setor da saúde pudessem trabalhar. O nome do empreendimento foi fruto de um trabalho elaborado por uma consultoria de marcas, com a idéia de chamá-lo de centro de vivência. Eles levaram em consideração tudo aquilo que tínhamos desenhado para mapear os nossos atributos em relação à concorrência."


CREDIBILIDADE
"Cheguei a utilizar recursos próprios para começar o negócio, mas sabia que teríamos que apresentar o projeto para investidores, porque queríamos algo de porte para provocar impacto no mercado. Para isso, tínhamos que estar com uma estrutura madura que passasse credibilidade. Fizemos todo o projeto de arquitetura como uma aposta pessoal. Para mim, o fundamental é o olhar para fora e ver a necessidade do outro. Quando sabemos do que as pessoas precisam de fato, acaba sendo completamente compatível conciliar o resultado econômico com algo que promova o bem-estar de todos. Quanto melhor enxergarmos e identificarmos as necessidades humanas, mais sucesso teremos nos negócios. O trabalho nada mais é do que um meio de as pessoas se realizarem, e, nesse sentido, as empresas não podem ser vistas como um fim em si mesmas."


TRIPÉ
"A proposta de valor que estamos agregando é a integração de vários serviços. Nós temos desde um residencial e toda a assistência que vai aumentando na medida da necessidade da pessoa até chegar ao atendimento hospitalar. Oferecemos também o entretenimento, formando um tripé em termos de hotelaria. Para quebrar o preconceito com relação aos asilos e às casas de repouso já existentes, precisamos focar no início em um público de maior poder aquisitivo, mas a idéia é construir uma rede de unidades mais econômicas para outras camadas da sociedade. Esse processo vai ser iniciado no próximo semestre, devendo ocupar os próximos três ou quatro anos, com a construção de seis unidades com a mesma configuração, mas já com um custo melhor, sem comprometer de forma alguma a qualidade dos serviços. Fizemos um plano para os próximos dez anos de lançar vinte unidades nas principais capitais brasileiras e em cidades de grande porte."


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