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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 336 (13/09/1998)

Empresa de Corpo e Alma

Há consultor e consultores. O mercado de consultoria tornou-se um campo vastíssimo para o trabalho de profissionais dos mais diversos níveis e gabaritos. Embora a maioria conclame para si o mérito de conseguir solucionar todos os problemas gerenciais que afligem os empresários diante do cenário cada vez mais angustiante e desafiador da economia global, os resultados dessa prestação de serviços nem sempre revelam um saldo positivo quando considerados a longo prazo. Mas existem exceções que servem até de referencial, principalmente no caso das pequenas e médias empresas, que se encontram em um momento histórico decisivo, no sentido de repensar sua estrutura e suas estratégias de competitividade. Uma delas é a Tranjan Consultores Associados e Editores (TCA) www.robertotranjan.com.br, que atua há doze anos com o objetivo inédito de resgatar os valores empresariais que se perderam ao longo do esforço diário pela sobrevivência, para que eles sirvam de ponto de partida no redirecionamento e na adoção de medidas capazes de trazer mudanças efetivas à prática administrativa. Em depoimento exclusivo, Roberto Adami Tranjan, diretor da consultoria, explica o diferencial que marca a sua visão, enquanto agente instigador permanente do processo evolutivo das organizações.

NOVO X ANTIGO
"As empresas brasileiras estão mudando de mãos. Existem dois tipos de empresário que convivem juntos hoje, mas com demandas e sentimentos diferentes, diante de uma ajuda técnica como é a consultoria. O primeiro, que está encerrando seu ciclo de sucesso e foi um batalhador no passado, tem uma visão de consultoria muito utilitária, ou seja, vê o consultor mais como uma mão-de-obra especializada, transitória e, de preferência, barata, que vem para fazer um trabalho que ele não está disposto a fazer. Normalmente, esse dirigente diz o que deve ser feito e, se o consultor não for habilidoso, cai nessa armadilha e acaba virando um assessor mesmo. Já o novo empresário encara a consultoria como um parceiro, um grande aliado no processo de profissionalização, de capacitação das pessoas, de desenvolvimento das competências internas na empresa."

DISTÂNCIA ESTRATÉGICA
"O papel do consultor é manter uma proximidade junto do empresário, que trabalhe bem a empatia e inspire confiança, mas mantendo sempre um distanciamento para evitar criar problemas. Às vezes, a intimidade passa a prejudicar o trabalho em andamento, quando se começa a pensar igual, pelo mesmo modelo mental. Aí, deixou de ajudar. É muito comum, nas pequenas e médias empresas, o dirigente adotar um conjunto de alternativas como solução, e o que ele percebe é que o problema volta. Isso acontece porque a visão desses empresários costuma ser muito simplista para os tempos atuais, fazendo repetir sempre o mesmo tipo de comportamento. Em geral, são indivíduos práticos, objetivos, que vêem seu negócio abrangendo apenas as atividades de comprar, produzir e vender. Falta uma visão mais ampla do que é uma organização, e é por aí que começamos o nosso trabalho de consultoria. Mostrar que ela faz parte de algo maior e muitos dos problemas enfrentados não apresentam causas visíveis. É um processo de descoberta."

EQUILÍBRIO EQUILÁTERO
"Nossa metodologia consiste em enxergar a empresa como um sistema integrado, com corpo, mente e alma no formato de um triângulo que precisa estar com todos os lados equilibrados. O corpo é a parte que trata das coisas visíveis, como comprar, produzir, estocar e vender. Pensar os diferenciais competitivos e as estratégias para conquistar e manter o mercado está na mente. Já a alma consiste em tudo aquilo ligado ao comprometimento da equipe, da formação, da motivação, é onde está a parte coração e sentimento. Trata-se de uma visão interativa e não departamental. Acreditamos que o grande atalho para resolver os problemas da empresa é trabalhar a cabeça do dono, pois sua personalidade, seu humor e seu comportamento influenciam muito o desempenho do todo. Às vezes, os desarranjos não são de origem organizacional, mas sim da falta de preparo do empresário para tocar o negócio, das confusões que partem dele em direção à equipe e aos clientes. É um problema de alma. Por isso que o nosso trabalho começa muito no corpo, em função da demanda, costuma ir para a mente e acaba na alma."


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